Cielo (CIEL3): Lucro deve saltar 100% no 3T22, estima Genial; veja o que esperar
A Cielo (CIEL3) deve ver melhoras no resultado do terceiro trimestre de 2022 (3T22), avaliam os analistas da Genial.
Segundo eles, a guerra entre adquirentes continua mais pacífica com aumento de preços e volumes robustos. Com isso, espera-se que o lucro da companhia avance 100,4% no período, a R$ 424 milhões.
Para 2022, os analistas estimam um lucro de R$ 1,4 bilhão, crescimento de 78,3% em relação ao ano passado. Entretanto, apesar da boa recuperação de curto prazo, a corretora ainda vê um ambiente de incertezas no setor.
A recomendação da Genial para CIEL3 é de manter, com preço-alvo em R$ 6,22.
A temporada de balanços do terceiro trimestre começou na terça-feira (18), e a Cielo divulga seus resultados no final do mês, dia 31, após o fechamento do mercado.
O que esperar da Cielo no 3T22?
Receita e lucro ainda fortes
No mês de julho, a Cielo reportou um lucro líquido “forte”, segundo os analistas, de R$ 163 milhões. Se o lucro fosse o mesmo para os três meses do período, a empresa chegaria a somaria R$ 490 milhões.
No entanto, a Genial estima lucro de R$ 424 milhões, com uma desaceleração mensal. Ainda assim, o valor representa uma alta de 100,4% na comparação anual.
Em relação à receita, espera-se crescimento, mas de forma gradual. O número deve refletir a redução proporcionada pela deflação no trimestre, que pode impactar em um volume total de pagamento (TPV) mais fraco. Os analistas projetam um avanço de 3,0% no TPV na comparação trimestral.
No consolidado de 2022, a receita deve cair, devido a saída da Merchant-e Solutions (M-eS) no trimestre anterior. “Como essa unidade rodava com prejuízo, do ponto de vista de rentabilidade a saída da mesma deve contribuir para o lucro da Cielo”, avaliam.
No lado de preço, os analistas esperam o fim da reprecificação da Selic na linha Receba Rápido e um repasse automático na antecipação de recebível (ARV).
Despesas: Mais gente vendendo
Na análise da Genial, as despesas da Cielo devem continuar aumentando, impactadas principalmente por gasto de pessoal e investimentos em tecnologia com foco em maior eficiência.
No lado de despesas de pessoal, os analistas veem um crescimento de 13,7%, puxado pelo dissídio salarial e aumento de pessoal de força de vendas que começou no segundo trimestre. Para o ano, é projetada uma evolução de 9,1%.
Já as despesas totais devem reportar queda de 27,4%, motivada pela saída da M-eS do resultado. Para fechar 2022, a queda deve ser mais branda, de 22,5%.
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