Cielo (CIEL3) eleva preços, começa ver racionalidade no mercado de pagamentos
A Cielo (CIEL3) ajustou tarifas nos primeiros meses de 2022 e não perdeu clientes por isso, o que indica maior racionalidade na política de preços no mercado de pagamentos no Brasil, disse o presidente-executivo da companhia nesta quarta-feira.
“Começamos a ver uma maior racionalidade no ambiente competitivo”, disse Gustavo Sousa em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre.
Após anos sendo forçada a baixar preços em meio à multiplicação de concorrentes no setor, a líder Cielo elevou preços de janeiro a abril, mesmo em meio a uma perda estrutural do número de clientes no setor, especialmente de pequenos empreendedores, disse Sousa.
Para fazer frente a esse cenário, afirmou o executivo, rivais da Cielo vêm ampliando seus times de vendas, movimento que a companhia avalia também fazer.
“Mas não vamos estimular guerra de preços”, afirmou.
Com uma combinação de maiores receitas e controle de despesas, a Cielo anunciou na noite de terça-feira que seu lucro líquido recorrente de janeiro a março somou 184,6 milhões de reais, alta de 35,9% sobre um ano antes.
Analistas receberam os números com otimismo cauteloso.
Para o time do Itaú BBA liderado por Pedro Leduc, o resultado “confirmou que a piora em termos de rentabilidade já passou, indicando um segundo trimestre mais forte pela frente”.
Ainda assim, a ação da companhia caía 2,6% na B3 (B3SA3) às 12h32 (horário de Brasília) desta quarta-feira, após ter acumulado valorização de 50% em 2022.
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