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Cidades inteligentes: Construtoras devem se preparar para esses projetos

28 fev 2025, 9:00 - atualizado em 23 fev 2025, 14:55
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No papel, a ideia de construir cidades inteligentes é linda. Porém, existem desafios na hora de colocar o projeto em pé. (Imagem: PPAMPicture/ iStock)

Uma cidade é um organismo vivo. Isso significa que a forma de construir e pensar nos municípios se transforma com o tempo. Por exemplo, a maneira que as cidades aportavam suas populações no século XIX é totalmente diferente da atual.

E essa metamorfose é eterna. Enquanto as sociedades evoluírem, inéditas relações com as construções surgirão. Assim, olhando e analisando o panorama, surgem as cidades inteligentes.

O conceito aparece como resposta para tornar os espaços urbanos mais organizados, sustentáveis e tecnologicamente integrados.

E aqui, a construção civil é protagonista na hora de fazer desses projetos realidade, exigindo mudanças nos processos, adoção de novas tecnologias e reestruturação da forma como os empreendimentos são concebidos e executados.

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Desafios enfrentados pelas construtoras

No papel, a ideia de construir cidades inteligentes é linda. Porém, existem desafios na hora de colocar o projeto em pé.

O custo inicial elevado é um dos principais obstáculos, pois tecnologias inovadoras exigem investimentos que nem sempre são viáveis para todas as empresas do setor. A falta de regulamentação específica também gera incertezas quanto às diretrizes e incentivos governamentais para os projetos.

Além disso, a aceitação do mercado é outro fator que influencia o ritmo de adoção dessas soluções, uma vez que consumidores e investidores precisam compreender os benefícios dos projetos. Até porque, uma infraestrutura tecnológica automaticamente torna os preços mais salgados. Sem falar na capacitação da mão de obra, visto que os profissionais da construção precisam ter a expertise necessária para aplicar novas tecnologias e metodologias.

Parcerias público-privadas como alternativa viável

Diante dos desafios, a cooperação entre setor público e privado é a principal alternativa para impulsionar a implantação de cidades inteligentes. Modelos de concessão e parcerias podem ser utilizados para viabilizar investimentos em infraestrutura urbana, iluminação pública e saneamento.

Junto disso, projetos habitacionais podem ser desenvolvidos considerando critérios de inovação tecnológica e eficiência no consumo de recursos.

Outra possibilidade é o desenvolvimento de hubs de inovação e distritos tecnológicos, que permitem a atração de empresas e startups interessadas em testar e aplicar novas soluções no ambiente urbano.

Exemplo desse modelo é a modernização da iluminação pública em cidades como São Paulo e Curitiba, onde lâmpadas LED equipadas com sensores e monitoramento remoto foram implementadas para reduzir custos e melhorar a gestão dos recursos.

Algumas construtoras já incorporam tecnologias e soluções inovadoras em seus projetos. A BRZ, por exemplo, desenvolve empreendimentos com reaproveitamento de água, eficiência energética e conectividade. A infraestrutura é planejada para garantir a proximidade com transportes públicos e oferecer alternativas como bicicletários e espaços para veículos elétricos.

Oportunidades para construtoras nesse novo mundo

Sendo transparente, a implementação de cidades inteligentes ainda é um assunto que engatinha no Brasil. E, por esse motivo, quem chega primeiro bebe água limpa.

A diferenciação no mercado passa pela apresentação de soluções que trazem benefícios tangíveis para investidores e consumidores. Ou seja, que ajudem o bolso de quem financia o projeto e do cliente final.

Na equação, todos têm que sair ganhando. Caso contrário, nada feito.

Dessa forma, as vantagens devem passar pela redução no consumo de energia, pela melhoria da conectividade avançada e pelo olhar atento à mobilidade urbana.

E claro, construtoras que estabelecerem parcerias com governos e empresas de tecnologia têm tudo para ampliar suas possibilidades de financiamento e acesso a incentivos fiscais. Assim, quem tiver o melhor poder de negociação, sairá na frente.

Hoje, não existe mais estagnação. Ou você se adapta às inovações ou é retirado do mercado. Eu escolho fazer parte do primeiro grupo, e sei que você também. Então, olhar para as cidades inteligentes e entender como você pode contemplá-las na sua construtora é a melhor alternativa a ser escolhida.

A cidade será inteligente, e a sua escolha também precisa ser.

Eduarda Tolentino é sócia e presidente da BRZ Empreendimentos. Ela é especialista em assuntos ligados a empreendedorismo feminino, liderança feminina no setor de construção civil, empreendimentos, construções, moradia, moradia popular, entre outros. Formada em Direito e pós-graduada em Direito Empresarial, Eduarda iniciou sua atuação na BRZ Empreendimentos como coordenadora do departamento jurídico e em 2015 tornou-se sócia e diretora comercial. Desde 2020, é sócia e CEO e em outubro de 2022 tornou-se também presidente do Conselho de Administração da companhia. Mãe de três filhos, atua pela equidade de gênero no mercado da construção civil, mais mulheres em cargos de liderança e, à frente da BRZ, para que mais famílias tenham acesso à moradia.
eduarda.tolentino@moneytimes.com.br
Eduarda Tolentino é sócia e presidente da BRZ Empreendimentos. Ela é especialista em assuntos ligados a empreendedorismo feminino, liderança feminina no setor de construção civil, empreendimentos, construções, moradia, moradia popular, entre outros. Formada em Direito e pós-graduada em Direito Empresarial, Eduarda iniciou sua atuação na BRZ Empreendimentos como coordenadora do departamento jurídico e em 2015 tornou-se sócia e diretora comercial. Desde 2020, é sócia e CEO e em outubro de 2022 tornou-se também presidente do Conselho de Administração da companhia. Mãe de três filhos, atua pela equidade de gênero no mercado da construção civil, mais mulheres em cargos de liderança e, à frente da BRZ, para que mais famílias tenham acesso à moradia.