Cidades baseadas em blockchain estarão logo aí

A maioria das cidades acrescentam tecnologia como uma reflexão tardia: tecem novas inovações em tecidos urbanos existentes.

Mas alguns novos projetos de desenvolvimento podem se destacar ao criar tecnologia inteligente na cidade desde o início.

Essas cidades do futuro terão estações de carregamento para veículos elétricos, sistemas inteligentes de coleta de lixo e sensores que alimentam dados para algoritmos de cidades inteligentes.

Algumas propostas são alimentadas por criptomoedas e podem servir como área de testes para a adesão de blockchain.

Akon, estrela do hip-hop, tuitou no início desse mês que planos para uma “criptocidade” foram finalizados em Dakar, fora da capital senegalesa.

Espera-se que o whitepaper seja divulgado em fevereiro, e o projeto foi descrito pelo Ministério do Turismo como “uma vila de ecoturismo sustentável” que vai ser operada em energia renovável e funcionar em torno do uso da criptomoeda de Akon: Akoin.

Consumidores vão comprar produtos com Akoin de seus smartphones, medida que vai, teoricamente, encorajar estabilidade financeira e estimular a economia local. A ideia é parecida com o Bancor que, em 2018, lançou, no Quênia, uma rede de moedas da comunidade baseadas em blockchain em 2018.

“Queremos torná-la em uma zona livre e direcionada por criptoativos como um mercado-teste”, afirmou Akon à Newsweek em 2018. “Se funcionar, iremos escalá-la para todos os outros países da África.”

Em outro lugar, planos mais detalhados surgiram para outra nova cidade, o que poderia promover a adesão de blockchain.

O conceito de Woven City da Toyota é ser construída no local de uma antiga instalação de produção abaixo do Monte Fuji, e servirá como um mostruário para carros autônomos, inteligência artificial baseada em sensores e vida sustentável.

Blockchain não é explicitamente mencionado nos planos, mas a montadora é um membro da Enterprise Ethereum Alliance e é conhecida por estar explorando dois projetos baseados em blockchain: um sistema de comunicação entre redes automobilísticas e rodoviárias e uma rede para negociação de eletricidade entre indivíduos, empresas e painéis solares.

No entanto, progresso tem sido bem lento para “cidade inteligente baseada em blockchain” aparecer em manchetes em 2018, quando Jeffrey Berns, “milionário ethereum”, adquiriu 67 mil acres de terra deserta fora do estado de Nevada, com o objetivo de misturar “usos teóricos da tecnologia de blockchain e aplicações reais”.

Parece que o futuro está vindo lentamente por aí, mas talvez não seja distribuído igualmente.