São Paulo

Cidade de São Paulo estuda adotar tarifa zero nos ônibus; sistema custa R$ 10 bi por ano e é deficitário

14 nov 2022, 12:24 - atualizado em 16 nov 2022, 19:31
São Paulo Transportes Ônibus
Sistema paulista é deficitário em cerca de R$ 4 bilhões por ano (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Na última semana, a pedido do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, a Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (SPTrans) iniciou um estudo jurídico e financeiro para avaliar a possibilidade da tarifa zero na cidade para ônibus.

Segundo o prefeito, o objetivo é “fazer com que o transporte coletivo seja mais utilizado e utilizar menos o transporte individual”. A medida será discutida ao longo das próximas semanas da Câmara Municipal.

Nunes ressalta que o principal desafio é encontrar formas para financiar o sistema dos ônibus, que custa aos cofres públicos R$ 10 bilhões por ano. “Desses R$ 10 bi, a gente arrecada em torno R$ 6 milhões e a Prefeitura complementa com R$ 4 bilhões, mantendo essa tarifa de R$ 4,40”.

O prefeito descarta utilizar os aproximadamente R$ 32 bilhões que a gestão do município tem em caixa, já que a maior parte deste recurso está empenhada ou vinculada a outras áreas da cidade. Para Nunes, uma das alternativas estudadas é usar o valor que os empregadores pagam aos funcionários para o transporte.

Nunes destacou ainda que o estudo “é complexo, são 13 mil ônibus na cidade de São Paulo. Custa mais de R$ 10 bilhões todo o sistema. Tem que ser muito pensado e elaborado. Com certeza, não tem como até o final do ano concluir esse estudo de uma forma eficiente”.

Compensação

Na semana anterior, o presidente da câmara, Milton Leite, em situação de prefeito em exercício da capital, liberou por decreto subsídio para bancar o transporte público na cidade. O valor de R$ 492 milhões é quase 30% maior do que o do ano passado.

No decreto, o subsídio é chamado de “compensações tarifárias do sistema”, e o dinheiro é usado para complementar o valor da passagem paga pelos passageiros às empresas. Sem esse valor, segundo a administração municipal, a passagem custaria R$ 7,60, quase o dobro dos R$ 4,40 cobrados atualmente.

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