Carnes

Cidade chinesa raciona carne de porco para controlar preços

02 set 2019, 14:28 - atualizado em 02 set 2019, 14:28
Fornecedores em 10 mercados selecionados em Nanning, capital da região sul de Guangxi, estão vendendo cortes de carne suína por um preço tabelado nos primeiros 10 dias de setembro (Imagem: Gilles Sabrie/Bloomberg)

Uma cidade chinesa voltou a adotar o racionamento e controle de preços para equilibrar o mercado de carne suína. A peste suína africana continua dizimando plantéis na China, e os preços no atacado disparam para níveis recordes.

Fornecedores em 10 mercados selecionados em Nanning, capital da região sul de Guangxi, estão vendendo cortes de carne suína por um preço tabelado nos primeiros 10 dias de setembro, de acordo com comunicado publicado no site do órgão de planejamento do governo local. As costelas, mais caras, não podem ser vendidas por mais de 32,2 yuanes (US$ 4,50) por meio quilo.

Para muitos, o racionamento remete às dificuldades dos tempos de guerra, mas o chamado método de fornecimento planejado da China para distribuir alimentos tem origem no apogeu do Partido Comunista da década de 1950. A medida foi gradualmente abolida na década de 1980, quando a oferta de alimentos se tornou mais ampla após as reformas econômicas.

Cada consumidor pode comprar apenas 1 quilo de carne de porco, segundo artigo do jornal estatal Nanning Evening News, publicado no domingo. As medidas são necessárias para controlar o aumento dos preços, devido ao tempo necessário para normalizar a produção de carne suína, disse o jornal.

A medida mostra o impacto negativo da peste suína africana, identificada pela primeira vez há cerca de um ano, sobre o mercado de varejo. A expectativa é que o governo ofereça mais incentivos para que produtores reabasteçam os plantéis mesmo com o salto das importações. Devido à popularidade da carne de porco entre os chineses, também é um desafio manter a população contente no período que antecede o 70º aniversário da República Popular da China em outubro.

“A carne de porco é um alimento indispensável à mesa, e o alto preço afetou seriamente o dia a dia”, de acordo com o jornal Nanning.

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