Ciclone afeta produção no Sul, com geadas, chuvas e rajadas; veja impactos para agro e como fica o tempo
Na última quarta-feira (13), um ciclone extratropical se formou no Sul do Brasil, o que resultou em volumes elevados de chuva no Rio Grande do Sul.
De acordo com a Climatempo, os índices de água disponível no solo do estado estão entre 90% e 100%, volumes considerados bons.
Apesar disso, as chuvas que ocorreram nos últimos dias podem impactar negativamente algumas regiões agrícolas pelo excesso de umidade, principalmente no sul do estado gaúcho, prejudicando produtores de trigo, aveia, cevada e até áreas de pastagens.
Na avaliação de Luiza Cardoso, porta-voz na empresa, além dos elevados volumes, as chuvas foram acompanhadas de rajadas de vento entre 90 e 110 km/h, o que ocasionou transtornos nas áreas urbanas.
Regiões produtoras também foram afetadas, com tombamento das plantas de milho e bloqueio das estradas por queda de árvore, prejudicando o escoamento.
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“Também vimos a ocorrência de queda de granizo, com muito fruticultores já contabilizando prejuízos dentro de suas fazendas, pelas frutas serem mais sensíveis a pedras de gelos”, diz Cardoso.
Maurício Caímo, produtor no Rio Grande do Sul, em vídeo enviado, cita o expressivo volume registrado e os impactos nas lavouras ontem (12).
Próximos dias
Nos próximos dias, segundo a porta-voz, uma área de alta pressão atua como bloqueio atmosférico e impede a formação de nuvens carregadas.
“Nessa sexta-feira (14), o sol volta a aparecer com mais intensidade no Sul do país, e agora, o que ocorre é a incidência de geadas, principalmente no sábado. Na madrugada de sexta para sábado, há possibilidade de neve nos pontos mais altos da Serra gaúcha e catarinense, mas sem risco para áreas agrícolas”, comenta a meteorologista.
Assim, a partir de domingo, a chuva até volta a ocorrer no Norte do Paraná e em áreas metropolitanas do Rio Grande do Sul mas de maneira pouco expressiva. Na segunda-feira, a chuva ganha um pouco mais de intensidade.
El Niño
Outro ponto de destaque fica para o El Niño, que deve trazer mais chuva para o Sul do país.
“Este fenômeno muda a circulação de ventos de todo o mundo e traz mais sistemas que atuam com nuvens carregadas no Sul do Brasil. Os produtores não estão habituados a receber chuva nesta época do ano, o que deve prolongar esse período de alta umidade nos estados do Sul”, destaca a especialista da ClimaTempo.
Ainda de acordo com a meteorologista, esse aumento pode trazer prejuízos para os produtores de trigo e os cultivos de inverno, com possibilidade de chuvas no momento da retirada de grãos, atrapalhando a colheita.