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Ciclo de alta das criptomoedas deverá se manter? Confira análise de mercado

26 out 2021, 9:44 - atualizado em 26 out 2021, 9:44
A maior e mais antiga criptomoeda do mundo terminou a semana passada com um aumento de 2%, sendo negociada a US$ 63 mil (Imagem: Unsplash/executium)

Após uma breve esfriada depois do aumento de preço impulsionado pela aprovação de ETFs, os mercados do bitcoin (BTC) e dos ativos digitais estão aquecendo novamente.

A maior e mais antiga criptomoeda do mundo terminou a semana passada com um aumento de 2%, sendo negociada a US$ 63 mil.

O segundo e o terceiro maiores ativos na tabela da Brave New Coin, ethereum (ETH) e binance coin (BNB), finalizaram a semana com um crescimento de 12% e 1%, respectivamente.

No dia 20 de outubro, o bitcoin estabeleceu uma nova máxima histórica de US$ 67.250. O motivo que levou o mercado em direção a novas máximas foi o lançamento do primeiro ETF de futuros de bitcoin nos Estados Unidos.

O evento foi celebrado como um marco regulatório para a indústria de criptomoedas, com o sinal verde para negociação de bitcoin após anos de recusa e reenvio de aplicações.

O primeiro ETF de bitcoin a ser aprovado foi o “Bitcoin Strategy ETF” ($BITO), da ProShares. O fundo é negociado na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e segue o preço de futuros de bitcoin da Bolsa Mercantil de Chicago (CME). O ETF foi listado na terça-feira (19) e imediatamente quebrou recordes.

Os ativos sob gestão do $BITO atingiram US$ 1,1 bilhão após seu segundo dia de listagem, tornando-se o ETF que chegou mais rápido à marca de US$ 1 bilhão, destronando o recorde anterior de 18 anos, estabelecido pelo ouro.

O primeiro ETF de futuros de bitcoin dos Estados Unidos destronou o recorde anterior de 18 anos que pertencia ao ouro (Imagem: Unsplash/Executium)

A demanda para ganhar exposição ao bitcoin nos Estados Unidos era muito forte e a aprovação do ETF criou um momento de preço positivo para os mercados de bitcoin à vista.

Depois do frenesi em torno do ETF da criptomoeda, uma queda parecia inevitável. Nos dias seguintes ao novo recorde, o preço do BTC regrediu para a marca dos US$ 59,9 mil no domingo (24), representando uma queda de 11% em cinco dias.

Nas últimas 24 horas, no entanto, os mercados de bitcoin e de ativos parecem estáveis e prontos para começarem um ciclo de alta novamente. Desde o início desta semana, o preço do bitcoin aumentou 3%.

Um motivo para o aumento podem ser os comentários feitos pela secretária do Tesouro americano, Janet Yellen. No dia 24 de outubro, Yellen disse que esperava que a inflação permanecesse alta durante a primeira metade de 2022.

Ela disse que espera que os aumentos dos preços diminuam, à medida que problemas – que vão desde gargalos de fornecimento, um mercado de trabalho americano apertado até outros fatores econômicos ligados à pandemia – melhorem.

Agora, o bitcoin se consolidou como uma forma viável de contenção da inflação, graças à sua escassez digital verificável e aprovações de instituições de diversas áreas. Os mercados podem estar aguardando para obterem um bom desempenho no próximo período de inflação e desvalorização do dólar americano.

Outro potencial motivo para o forte desempenho da última semana pode ser a notícia de que a Mastercard deverá anunciar que qualquer um dos milhares de bancos e milhões de comerciantes em sua rede de pagamentos poderão, em breve, integrar cripto em seus produtos.

O canal de notícias CNBC informou que o programa da gigante de pagamentos incluirá carteiras de bitcoin, além de cartões de débito e crédito que terão recompensas em cripto.

Mastercard possibilitará que comerciantes aceitem ativos digitais e que programas de fidelidade, como em companhias aéreas ou hotéis, convertam esses pontos em bitcoin. Esse é outro sinal da crescente adesão e demanda varejista para criptomoedas.

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O que vem por aí esta semana?

26 de outubro: atualização de nós do blockchain ICON

O blockchain da plataforma ICON passará à próxima fase de sua atualização para ICON 2.0. Hoje (26), operadores de nós receberão orientações técnicas sobre como preparar seus nós ICON 2.0, e a fundação ICON irá coletar feedback sobre o assunto.

ICON 2.0 é uma grande reformulação do blockchain ICON e inclui várias novas ferramentas para a plataforma. O token nativo do blockchain – ICX – teve um aumento de 8% na última semana.

27 de outubro: Ethereum implementa atualização Altair

Altair, a primeira atualização da rede principal para o Beacon Chain da Ethereum, deverá ser implementada amanhã (27).

Beacon Chain é a fundação para o futuro em proof-of-stake (PoS) da Ethereum e tem funcionado de modo paralelo à Ethereum em proof-of-work (PoW), desde dezembro do ano passado.

Essa atualização traz o suporte ao “light-client” para o consenso central, soluciona alguns problemas com incentivos a validadores e intensifica os parâmetros de punição, conforme o EIP-2982. O ether teve um período de alta antes da atualização e um aumento de 11% nos últimos sete dias.

Top 10 criptoativos da semana

(Imagem: Brave New Coin)

A semana passada foi forte para a maioria dos ativos de grande capitalização, segundo a tabela acima da Brave New Coin, com tokens de primeira camada tendo um bom desempenho geral. Solana (SOL) foi o ativo com o melhor resultado dentre os dez principais ativos.

Juntamente com o BTC, SOL estabeleceu uma nova máxima histórica, alcançando US$ 219 em grandes corretoras, no dia 25 de outubro.

O valor total bloqueado de protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) no Solana explodiu na segunda metade deste mês e continua estabelecendo novas máximas históricas, acima de US$ 13,5 bilhões. Atualmente, a aplicação DeFi mais popular no Solana é a corretora descentralizada Saber.

Gráfico de preço do bitcoin

(Imagem: Brave New Coin)

O site Glassnode relatou que o interesse em posições abertas de contratos futuros da CME aumentou em US$ 3,95 bilhões durante o mês de outubro, antes da aprovação do ETF e logo após sua listagem. As posições abertas na CME aumentaram 295%, desde o início de setembro.

Parece que grandes compradores institucionais estavam liderando o lançamento do ETF. Visto que as preocupações sobre a inflação americana ainda não diminuíram nos Estados Unidos, instituições podem aumentar a exposição ao bitcoin.