Chuvas tendem a tirar suporte do café, limitando ou estabilizando o lado positivo
Os traders de café e fundos ainda testam novas posições em Nova York, tentado segurar as cotações acima dos 200 centavos de dólar por libra-peso.
Mas há expectativa de que altas futuras comecem a ficar mais moderadas ou em linha de estabilidade com as águas voltando ao Brasil, segundo alguns agentes consultados.
Nesta quarta (20), a caminho do fechamento dos negócios, o grão está a mais 0,30%, em 204,95 c/lp.
Pesa a favor das cotações a escassez hídrica existente nos solos das principais regiões produtoras, após seca de meses e geadas, de modo que as chuvas, em retorno, ainda levarão mais tempo para corrigirem.
Além do que a safra nova, 22/23, também é vista com certo comprometimento em volume.
Ficará acima da atual, em forte quebra que a levará a 46,9 milhões de sacas, mas abaixo dos ciclos anteriores, porque muitos pés foram danificados para o ano que vem.
Para completar o viés da tabela positiva do café há o descompasso da logística, com dificuldades de circulação do café a partir das principais origens, Brasil e Colômbia, por falta de contêineres e fretes mais elevados.