Chuvas chegaram tarde e pararam antes e Aquidauana reflete o MS com alta do boi
A estiagem já chegou em boa parte do Mato Grosso do Sul, especialmente em Aquidauana onde não chove há 30 dias. Nessa importante região de boi do Sudoeste do estado, também as chuvas de verão chegaram tarde.
Com pastos mais curtos e oferta deficitária carregada da safra de verão, o resultado para o produtor com animal pronto para vender é a @ já tendo negócios nos R$ 305 à vista. A referência de preço média para a capital do Mato Grosso do Sul, pela Scot, é de R$ 295,50 à vista, livre de Funrural.
E pode seguir melhorando, acredita o produtor Frederico Stella, ex-presidente do Sindicato Rural da cidade, ainda que o consumo interno possa seguir piorando.
Uma das razões – a mesma que reflete a firmeza dos preços nas principais regiões produtoras do Brasil -, é que junto com a demora para boi engordar, também o mercado opera com um rebanho menor. Retenção de fêmeas para cria, com a explosão da reposição, está entre as causas.
Em 2020, por exemplo, o IBGE registrou recuo de 8,5% no total de abates, para pouco mais de 29,5 milhões de cabeças que passaram pelos portões dos frigoríficos brasileiros.
Nestas condições, segundo Stella, as indústrias estão com escala de abates comprimidas, em torno de cinco dias de programação, mesmo com a presença de várias plantas em Campo Grande, a 140 kms de Aquidauana.
A expectativa dos pecuaristas é que a entressafra, quando estiver definitivamente instalada, acabará dando suporte para preços da @ acima do que seria uma alta considerada normal para o período sem pastos.
Mas não será um ganho fácil de ser absorvido. Também diretor da Famasul, Frederico Stella acusa a redução de margem, porque pasto curto implica em ração para engordar o animal. E milho a R$ 100 a saca não anima ninguém.
“Não adianta dar suplementação mais leve, porque também atrasa a engorda”.