Clima

Chuva e frio afetam consumo nacional de energia pelo 2º mês consecutivo, diz CCEE

24 out 2022, 13:03 - atualizado em 24 out 2022, 13:03
A CCEE apontou ainda que a produção de energia por usinas hidrelétricas cresceu 24,8% em setembro frente a igual período do ano passado (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O volume elevado de chuvas nas regiões Sudeste e Sul e temperaturas abaixo da média histórica em boa parte do país motivaram uma queda de 2,5% do consumo nacional de energia elétrica em setembro no comparativo anual, segundo dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Esse é o segundo mês em que as condições climáticas têm impacto mais expressivo sobre os dados de consumo, disse a CCEE.

Em agosto, a instituição registrou avanço de 0,6% do consumo, afetado por uma retração da demanda no mercado cativo, no qual pequenos estabelecimentos comerciais e residências contratam seu fornecimento diretamente das distribuidoras.

Em setembro, o ambiente regulado voltou a registrar queda, principalmente pelo menor uso de equipamentos de refrigeração, como ar-condicionado.

O consumo recuou 6% ante setembro de 2021.

Já no mercado livre, ambiente no qual indústrias e grandes empresas contratam energia, o consumo cresceu 4,4%, impulsionado pela atividade em setores produtivos importantes, sobretudo aqueles voltados à exportação, disse a CCEE.

Na abertura regional, os dados mostraram que mais da metade dos Estados tiveram queda no consumo de energia elétrica em setembro, com destaque para Mato Grosso do Sul (-15%) e Rio de Janeiro (-11%), refletindo um maior volume de chuvas e baixas temperaturas nestas regiões.

GERAÇÃO DE ENERGIA

A CCEE apontou ainda que a produção de energia por usinas hidrelétricas cresceu 24,8% em setembro frente a igual período do ano passado.

Como consequência, houve menor participação das termelétricas no fornecimento de eletricidade para o Sistema Interligado Nacional (SIN), com a geração dessas usinas caindo 57%.

Já em relação a outras fontes, a geração solar registrou aumento de 54,9%, enquanto a produção eólica subiu 18,3%.

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