Chuva de dinheiro: Fortuna dos mais ricos atinge máxima histórica; confira o estudo da Capgemini
O número de pessoas ricas e suas respectivas fortunas atingiram máximas históricas, relata a consultoria Capgemini em estudo publicado nesta quarta-feira (5).
De acordo com o relatório “World Wealth Report 2024“, em 2023, o número de ricos aumentou 5,1%, alcançando a marca de 22,8 milhões de pessoas. Além disso, a fortuna deles subiu 4,7% comparado ao ano anterior, com um patrimônio total avaliado em US$ 86,8 trilhões.
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Para a Capgemini, são considerados “indivíduos de renda alta” (HNWI, na sigla em inglês) aqueles que possuem um capital disponível, sem considerar a residência habitual, de mais de US$ 1 milhão.
Apesar dessa tendência emergente, a consultoria ressalta que o ambiente global não é tão favorável, com questões que vão desde a geopolítica até à inflação.
“À medida que a recuperação do mercado se desenrola, chegou o momento das empresas de gestão de patrimônio se aprofundarem na evolução do comportamento e expectativas dos clientes” afirma Anirban Bose, membro do conselho executivo da Capgemini.
De acordo com Bose, o caminho a seguir está cheio de obstáculos. “A incerteza macroeconômica, tensões geopolíticas, agenda regulamentar e aumento dos custos operacionais comprimem os resultados financeiros”, destacou.
Como a macroeconomia impactou as fortunas dos ricos?
Em 2022, as tensões geopolíticas trouxeram uma queda de 3,3% na quantidade de pessoas de renda alta, além do deslize de 3,6% nas fortunas. Contudo, o ano de 2023 trouxe crescimento econômico e melhores resultados aos principais setores de investimentos, revertendo as consequências.
Apesar da incerteza nas taxas de juros e o aumento dos rendimentos dos títulos, as ações subiram com o mercado de tecnologia, alimentadas pelo entusiasmo pela inteligência artificial (IA) generativa e seu impacto potencial na economia.
Apenas no ano passado, a América do Norte registrou um aumento de 7,1% no número de milionários e de 7,2% no valor da fortuna, sendo o maior avanço.
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Embora os juros permaneçam elevados, o estudo destaca que os bancos centrais sinalizaram o fim dos aumentos das taxas no segundo semestre de 2023, com perspectivas de cortes nas taxas em 2024.
“Os mercados acionistas melhoraram em 2023 e os índices globais exibiram resiliência, impulsionada por lucros empresariais, melhores do que o esperado”, afirma o estudo. Além disso, os índices também mostraram uma recuperação econômica de alguns “mercados-chave” e sinais de políticas monetárias mais flexíveis.
Por fim, o documento destaca que, em 2023, o setor macroeconômico desencadeou a recuperação do mercado acionista, com os índices globais indicando tendência de alta (bull market).
A importância do IA para a gestão de empresas
O estudo destaca que o setor de inteligência artificial está emergindo rapidamente como uma força transformadora para aumentar a intimidade com o cliente na gestão de patrimônio.
“A IA é promissora para ajudar gestores a reconhecerem vieses psicológicos que podem influenciar nas decisões de investimento”, afirmou Anirban Bose.
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Além disso, o estudo afirma que a inteligência artificial pode permitir um contato mais pessoal com os clientes, criando um método de atender com exclusividade as necessidades, preferências e eventos de vida de cada cliente.