Ciência e Tecnologia

Chip cerebral é o novo foguete? Elon Musk busca cobaia para primeira cirurgia de implante; entenda

09 nov 2023, 12:14 - atualizado em 09 nov 2023, 12:14
Elon Musk
Chip cerebral de Elon Musk: o computador do tamanho de uma moeda permanecerá na cabeça do individuo por anos (Imagam: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

Um novo foguete pode estar prestes a decolar (ou explodir) na carreira de Elon Musk. Mas, dessa vez, com a Neuralink Corp., empresa de implantes cerebrais da qual ele é co-fundador.

De acordo com o relatório de Ashlee Vance – um dos biógrafos de Musk –, publicado recentemente na Bloomberg, a companhia está procurando um voluntário para a primeira cirurgia da companhia.

Segundo Vance, a cobaia terá um pedaço do crânio removido por um cirurgião, para que depois, um “grande robô” insira uma série de eletrodos e fios superfinos no cérebro.

Dessa forma, um “computador do tamanho de uma moeda” permanecerá na cabeça do indivíduo por anos, com o objetivo de ler e analisar a atividade cerebral daquela pessoa. O objetivo é que a pessoa seja capaz de passar a informação sem fio para um laptop ou tablet próximo.

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Fundada em 2016, a Neuralink só recebeu a aprovação da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos para iniciar o primeiro estudo clínico em humanos em maio deste ano.

Em 2022, a empresa já havia solicitado a autorização, mas não obteve sucesso.

Na época da aprovação, a Neuralink destacou que o movimento representaria um primeiro passo importante que, um dia, permitiria que a tecnologia da companhia ajudasse muitas pessoas.

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Chip cerebral de Elon Musk: Qual o melhor candidato?

Antes de tudo, vale destacar que, inicialmente, com este chip cerebral, a ideia da empresa é tratar condições intratáveis ou incuráveis, como paralisia e cegueira.

Nesse sentido, ainda segundo Vance, um candidato ideal seria um adulto, com menos de 40 anos, cujos quatro membros estejam paralisados.

O paciente receberia o implante conhecido como “área do botão manual do córtex pré-motor”, capaz de governar as mãos, pulsos e antebraços.

Vance explicou que o objetivo seria mostrar que o dispositivo pode coletar com segurança dados úteis daquela parte do cérebro do paciente, convertendo os pensamentos da pessoa em comandos que um computador pode compreender.