Chineses sondam preços de exportadores de carne suína dos EUA
Empresas chinesas se preparam para comprar mais carne suína dos Estados Unidos, segundo pessoas com conhecimento da situação. O governo chinês tenta suprir a falta do produto enquanto aguarda os resultados da reunião entre os principais negociadores comerciais de ambos os países em Washington no próximo mês.
Clientes têm realizado consultas sobre preços de exportadores de carne de porco, como Smithfield Foods, controlada pelo grupo chinês WH, e Tyson Foods, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. O volume das compras ainda não foi finalizado, mas pode somar cerca de 100 mil toneladas, algumas das quais seriam destinadas a reservas do governo, disseram as pessoas.
O Ministério do Comércio da China não respondeu imediatamente a um fax pedindo comentários. Grupos de trabalho dos EUA e da China se reuniram no início do mês, e um encontro de alto nível está agendado para 10 de outubro. Pequim continuará a isentar produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja e carne de porco, de tarifas adicionais, segundo a agência de notícias estatal Xinhua, que citou o Ministério do Comércio e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.
Os preços da carne de porco acumulam alta de mais de 70% este ano na China devido à propagação da peste suína africana. Pequim teme que o impacto azede as comemorações do 70º aniversário do governo do Partido Comunista, em 1º de outubro.
Os plantéis de suínos encolheram quase 40% na China devido à doença. O vice-primeiro-ministro chinês, Hu Chunhua, alertou que a situação da oferta será “extremamente grave” até o primeiro semestre de 2020 e que o país deve registrar um déficit de carne suína de 10 milhões de toneladas este ano, mais do que os cerca de 8 milhões de toneladas do comércio global anual.