Internacional

China vê contato intensivo com EUA antes de negociações comerciais em setembro

01 ago 2019, 9:01 - atualizado em 01 ago 2019, 9:01
Poucos sinais de progresso além de um acordo para se reunirem novamente no mês que vem (Pixabay)

Equipes de negociação da China e Estados Unidos estarão em contato intensivo neste mês para preparar “boas bases” para a próxima rodada de conversas comerciais presenciais em setembro, disse o Ministério do Comércio nesta quinta-feira.

Negociadores norte-americanos e chineses encerraram uma breve rodada de negociações em Xangai na quarta-feira, com poucos sinais de progresso além de um acordo para se reunirem novamente no mês que vem.

Esse foi o primeiro encontro presencial entre as equipes desde que os presidentes Donald Trump e Xi Jinping concordaram com uma trégua comercial em uma cúpula do G20 em junho.

As duas maiores economias do mundo tarifaram bilhões de dólares em produtos uma da outra, em uma guerra comercial que já dura um ano, interrompendo as cadeias de fornecimento globais e afetando os mercado financeiros.

As negociações entre os dois países colapsaram em maio, depois que autoridades norte-americanas acusaram a China de voltar atrás com compromissos anteriores. Os EUA elevaram drasticamente as tarifas sobre alguns produtos chineses e a China retaliou, intensificando a guerra comercial.

“Com relação a esta rodada (da semana) de negociações, ambos os lados conversaram sobre dois temas: um deles é a forma como vemos o passado — nós discutimos principalmente os motivos que levaram as negociações a colapsarem e esclarecemos nossos pontos de vista sobre algumas das questões econômicas e comerciais”, disse o porta-voz do ministério, Gao Feng, a jornalistas em uma coletiva regular.

“O outro é como vemos o futuro para determinar os princípios e a metodologia das negociações, assim como os cronogramas relevantes.”

A China e os Estados Unidos podem encontrar uma solução para as questões comerciais se as preocupações de ambos os lados forem levadas em consideração, disse Gao, reiterando os comentários de Pequim.