Investimentos

China terá desaceleração econômica em 2022 (e o Brasil que se cuide)

16 jan 2022, 19:00 - atualizado em 14 jan 2022, 14:50
Minério de ferro
Exemplos: Pequim realizou movimentos em torno do minério de ferro, aumentando a oferta e reduzindo a produção de aço no país. Um terço das commodities produzidas no Brasil é destinada à China (Imagem: Reuters/David Gray)

Um país chave a acompanhar, a China deve ser ponto de atenção do investidor, já que a nação asiática terá desaceleração econômica em 2022, o que pode desencadear reflexos reais aqui no Brasil.

O Banco Mundial prevê que, no período, o PIB chinês atinja 5,1% de crescimento, inferior ao resultado de 8% esperado para 2021. E muitos são os fatores para isto.

De acordo com a Terra Investimentos, a China enfrenta alta inflação com o aumento dos preços das commodities. O país é um grande comprador desta categoria de produtos, respondendo por 18% do PIB mundial de commodities.

“O Brasil monitora esse desempenho com cautela, já que um terço das commodities que produzimos são exportadas para a China“, destaca o analista Régis Chinchila.

Nesse cenário, soja, minério de ferro, petróleo, algodão e proteína animal estão na berlinda.

Para tentar conter a inflação e por razões ambientais, Pequim realizou movimentos em torno do minério de ferro e metais preciosos na segunda metade do ano passado.

“O governo chinês lançou mão de medidas como a liberação de parte de suas reservas de minério para aumentar a oferta e determinou a redução da produção de aço no país”, afirma o analista.

Isto acabou desacelerando a economia chinesa e influenciou nas projeções para 2022. E no caso específico do minério, deixa a Vale (VALE3) em um ponto de inflexão.