China terá carne barata quando levantar embargo; boi sairá de piso achatado
Seja qual for o motivo que leva a China a não liberar as importações de carne bovina – inclusive político-diplomático -, passados 40 dias dos casos notificados de vaca louca como atípicos, não deixa de ser uma estratégia comercial.
Quando o embargo for liberado, o viés de alta para o boi, que a demanda acabará proporcionando, sairá de um piso muito baixo. E a carne também ficará.
Desde dia 2 de setembro, quando o mercado acordou com os eventos – o Mapa somente oficializou dia 4 -, o boi gordo já perdeu uns R$ 25, por baixo. A @ hoje, em São Paulo, gira em torno dos R$ 280.
Caso a China tivesse voltado à importar mais cedo, como no caso de 2019, em 13 dias por exemplo, haveria teto para ser buscado, porque os confinamentos estariam escoando os animais.
E os chineses estavam comprando aceleradamente desde julho. Tanto que os números de exportações em setembro não foram ruins, contabilizando a carne que está estava nos portos e originadas antes da doença registrada.
Agora, qualquer escalada que venha com a retomada dos embarques, a qualquer momento, além de sair de um piso achatado, ainda pega os confinamentos com bois estocados que não foram vendidos nesse período.