China simula ataque a Taiwan em 2° dia de exercícios militares
O Exército da China simulou ataques de precisão contra Taiwan em um segundo dia de exercícios ao redor da ilha neste domingo (9). Em reação, o Ministério da Defesa taiwanês disse que estava monitorando as forças chinesas de mísseis.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que até as 16h (horário local) de domingo, avistou 70 aeronaves chinesas, incluindo caças Su-30 e bombardeiros H-6, bem como 11 navios, em torno de Taiwan. O ministério reiterou que as forças de Taiwan “não escalarão conflitos nem causarão disputas” e responderão “apropriadamente” aos exercícios da China.
A China não reconhece a soberania de Taiwan e reivindica a ilha como parte de seu território, ocupado pelos derrotados na Revolução de 1949. Daí porque Taiwan é tida como uma “província rebelde”. Aliás, o governo chinês criticou as alianças de Taiwan com forças estrangeiras.
Além da China, outros países também não reconhecem Taiwan como um país soberano. Entre eles, estão o próprio Estados Unidos e a União Europeia. A exceção fica com apenas 13 países no mundo. Recentemente, porém, Honduras rompeu os laços diplomáticos com Taiwan e retomou as relações internacionais com Pequim.
Simulação em vídeo
O país asiático iniciou três dias de exercícios militares no sábado (8), em resposta à visita da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos.
Segundo a imprensa chinesa, patrulhas de prontidão de combate e exercícios militares em torno de Taiwan continuam. “Sob o comando unificado do centro de comando de operações conjuntas, vários tipos de unidades realizaram ataques de precisão simulados em alvos-chave na ilha de Taiwan e nas áreas marítimas circundantes, e continuam a manter uma postura ofensiva ao redor da ilha”, afirmou.
O Comando de Teatro do Leste das forças armadas chinesas divulgou uma curta animação dos ataques simulados em sua conta do WeChat. O vídeo mostra mísseis disparados de terra, mar e ar em Taiwan, com dois deles explodindo em chamas ao atingirem seus alvos.
*Com informações da Reuters