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China retoma controles sobre alimentos congelados por surto de Covid-19

04 ago 2021, 18:10 - atualizado em 04 ago 2021, 18:10
China Alimentos
A China tem argumentado que o coronavírus pode sobreviver em alimentos congelados e embalagens (Imagem: Unsplash/ Joshua Fernandez)

Por Alfred Cang

A nova onda de Covid-19 na China coloca as importações de alimentos congelados novamente sob intenso escrutínio. Autoridades agem com base no polêmico argumento de que é possível contrair o coronavírus por meio de embalagens contaminadas.

Cidades como Zhengzhou e Haikou planejam elevar a vigilância sobre alimentos congelados importados para evitar a transmissão do vírus, segundo informações da mídia local. Carne de suíno congelada com osso e costelas bovinas com origem no Reino Unido, Brasil e Canadá foram recolhidas em um restaurante foco de um surto de Covid na cidade de Nantong, pois os operadores não puderam fornecer certificados de desinfecção ou informes de teste de ácido nucléico.

A China tem argumentado que o coronavírus pode sobreviver em alimentos congelados e embalagens, tendo associado alguns casos de Covid-19 a produtos importados, e tomou medidas drásticas para reduzir o risco. Autoridades de saúde internacionais minimizaram a probabilidade de transmissão por esse meio. A Organização Mundial da Saúde e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos afirmaram que a chance de pegar Covid-19 a partir de alimentos congelados é muito baixa.

Apesar disso, a China continua testando remessas de alimentos frios para rastros do coronavírus há meses; alguns supermercados têm até resfriadores separados para produtos importados. É um debate global, porque a China é um dos maiores compradores mundiais de muitos produtos alimentícios, respondendo por quase metade do comércio global de carne suína. No início do ano, testes em massa e a desinfecção de alimentos congelados causaram grandes congestionamentos nos portos e longos atrasos nas aduanas.

O recente surto, detectado pela primeira vez no aeroporto de Nanjing no fim de julho, está relacionado à variante delta, que é altamente contagiosa e se espalhou por quase metade das 32 províncias da China em apenas duas semanas. Nanjing investigou mais de 13 mil unidades de empresas e de produção de alimentos da cadeia de frio desde o início do surto e testou mais de 35 mil amostras, todas negativas para o coronavírus.

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