Internacional

China retalia restrições contra covid-19 impostas pela Coreia do Sul

10 jan 2023, 14:01 - atualizado em 10 jan 2023, 14:01
China
(Imagem: REUTERS/Staff)

A China suspendeu a emissão de vistos de curto prazo na Coreia do Sul e no Japão nesta terça-feira, depois de anunciar que retaliaria contra países que exigissem testes negativos de COVID-19 de viajantes chineses.

A China abandonou a quarentena obrigatória para quem chega e permitiu a retomada das viagens através de sua fronteira com Hong Kong no domingo, removendo as últimas grandes restrições sob o regime de “Covid-zero” que começaram a ser eliminadas abruptamente no início de dezembro, após protestos históricos contra as restrições.

Mas o vírus está se espalhando sem controle entre a população de 1,4 bilhão de habitantes e as preocupações com a escala e o impacto do surto tem levado a Coreia do Sul, os Estados Unidos e outros países a exigir testes negativos de Covid para viajantes da China.

Embora a China imponha requisitos semelhantes de testagem para todos que chegam no país, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse a repórteres nesta terça-feira que as restrições de entrada a viajantes chineses são “discriminatórias” e que seriam tomadas “medidas recíprocas”.

Num primeiro movimento de retaliação, a embaixada chinesa na Coreia do Sul suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para visitantes sul-coreanos. Ela ajustaria a política sujeita ao levantamento das “restrições discriminatórias de entrada” da Coreia do Sul contra a China, disse a embaixada em sua conta oficial do WeChat.

A embaixada chinesa no Japão anunciou mais tarde uma ação semelhante, dizendo que a missão e seus consulados suspenderam a emissão de vistos a partir desta terça. O comunicado da embaixada não disse quando eles seriam retomados.

Com o vírus à solta, a China parou de publicar registros diários de infecções e tem divulgado cinco ou menos mortes diárias desde a reviravolta na política de contenção, números que têm sido contestados pela Organização Mundial da Saúde e são inconsistentes com a crescente demanda por funerais reportada.