China reforça expansão em setores chave, mas OMC e analistas sinalizam falta de clareza nas medidas; entenda
Durante o 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), presidido pelo presidente Xi Jinping, o Comitê Central reiterou as metas de política econômica, desde a modernização do complexo industrial até a expansão da demanda doméstica e a redução da dívida e dos riscos do setor imobiliário, mas sem detalhar as etapas de implementação.
A decisão de aprofundar a modernização do país ocorreu durante a terceira sessão plenária do Comitê, ocorrida ao longo desta semana.
Segundo o comunicado, divulgado pela agência Xinhua, o objetivo da reforma no país é continuar “aperfeiçoando e desenvolvendo o sistema socialista com características chinesas e promovendo a modernização do sistema e da capacidade de governança da China”.
“Até 2035, vamos concluir o estabelecimento integral do sistema da economia de mercado socialista de alto nível, tornar o sistema socialista chinês mais aperfeiçoado, realizar basicamente a modernização do sistema e da capacidade de governança do país e concretizar de forma básica a modernização socialista”, afirma o comunicado, divulgado pela agência.
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O Partido afirma que aprofundará reformas já existentes, como as do sistema educacional e do científico e tecnológico. Há também a afirmação de que devem ser realizadas reformas coordenadas de áreas econômicas, como o ambiente fiscal, tributário e financeiro.
OMC e analistas sinalizam falta de sinalizações sobre mudanças na China
Analistas à Reuters afirmam que o documento indicou continuidade, ao invés de mudanças na formulação de políticas ou no modelo de crescimento econômico que a China procura.
Zhang Zhiwei, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, à Reuters, complementa que “não há nenhum sinal claro de mudança nas políticas macroeconômicas”.
Na quarta-feira (17), a Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou ter observado uma falta de transparência na forma como a China irá apoiar financeiramente setores como os de veículos elétricos ou produção de alumínio e aço.
“A falta geral de transparência no apoio governamental da China também pode contribuir para debates sobre o que é percebido por alguns como excesso de capacidade em determinados setores”, afirma o relatório da OMC.
Pequim afirma que melhorias como as de seguridade social, sistemas de saúde e introdução de reformas agrárias deverão ser concluídas até 2029, quando é celebrado o 80º aniversário da fundação da República Popular da China.
*Com informações de Reuters e Agência Xinhua