Internacional

China reforça expansão em setores chave, mas OMC e analistas sinalizam falta de clareza nas medidas; entenda

18 jul 2024, 10:41 - atualizado em 18 jul 2024, 10:41
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Medidas macroeconômicas anunciadas são continuidades, e não mudança, no modelo de crescimento econômico da China (Imagem: Getty Images Signature/Canva Pro)

Durante o 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), presidido pelo presidente Xi Jinping, o Comitê Central reiterou as metas de política econômica, desde a modernização do complexo industrial até a expansão da demanda doméstica e a redução da dívida e dos riscos do setor imobiliário, mas sem detalhar as etapas de implementação.

A decisão de aprofundar a modernização do país ocorreu durante a terceira sessão plenária do Comitê, ocorrida ao longo desta semana.

Segundo o comunicado, divulgado pela agência Xinhua, o objetivo da reforma no país é continuar “aperfeiçoando e desenvolvendo o sistema socialista com características chinesas e promovendo a modernização do sistema e da capacidade de governança da China”.

“Até 2035, vamos concluir o estabelecimento integral do sistema da economia de mercado socialista de alto nível, tornar o sistema socialista chinês mais aperfeiçoado, realizar basicamente a modernização do sistema e da capacidade de governança do país e concretizar de forma básica a modernização socialista”, afirma o comunicado, divulgado pela agência.

O Partido afirma que aprofundará reformas já existentes, como as do sistema educacional e do científico e tecnológico. Há também a afirmação de que devem ser realizadas reformas coordenadas de áreas econômicas, como o ambiente fiscal, tributário e financeiro.

OMC e analistas sinalizam falta de sinalizações sobre mudanças na China

Analistas à Reuters afirmam que o documento indicou continuidade, ao invés de mudanças na formulação de políticas ou no modelo de crescimento econômico que a China procura.

Zhang Zhiwei, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, à Reuters, complementa que “não há nenhum sinal claro de mudança nas políticas macroeconômicas”.

Na quarta-feira (17), a Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou ter observado uma falta de transparência na forma como a China irá apoiar financeiramente setores como os de veículos elétricos ou produção de alumínio e aço.

“A falta geral de transparência no apoio governamental da China também pode contribuir para debates sobre o que é percebido por alguns como excesso de capacidade em determinados setores”, afirma o relatório da OMC.

Pequim afirma que melhorias como as de seguridade social, sistemas de saúde e introdução de reformas agrárias deverão ser concluídas até 2029, quando é celebrado o 80º aniversário da fundação da República Popular da China.

*Com informações de Reuters e Agência Xinhua

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
giovanna.pereira@moneytimes.com.br
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