Commodities

China reduz primeiro lote de cotas de importação de petróleo para 2022 em 11%, dizem fontes

30 dez 2021, 10:09 - atualizado em 30 dez 2021, 10:09
Os preços globais do petróleo reduziram os ganhos após a queda nas cotas de importação do maior importador de petróleo do mundo, que estabeleceu 109,03 milhões de toneladas para a primeira rodada (Imagens: REUTERS/Dado Ruvic)

A China emitiu seu primeiro lote de cotas de importação de petróleo bruto para 2022 em um volume 11% abaixo do primeiro lote de 2021, de acordo com fontes do setor e um documento visto pela Reuters, com grandes empresas privadas prevalecendo sobre processadores menores.

Os preços globais do petróleo reduziram os ganhos após a queda nas cotas de importação do maior importador de petróleo do mundo, que estabeleceu 109,03 milhões de toneladas para a primeira rodada.

Entre as 42 empresas que receberam cotas, as três maiores refinarias privadas do país –Zhejiang Petrochemical Corp (ZPC), Hengli Petrochemical e Shenghong Petrochemical– ganharam, juntas, 41,95 milhões de toneladas. Isso foi cerca de 38% do total e quase 50% a mais que no ano anterior.

A ZPC, a maior refinadora da China com capacidade total de processamento de petróleo bruto de 800 mil barris por dia, recebeu 20 milhões de toneladas, seguida pela Hengli, com 14 milhões de toneladas, e a Shenghong, com 7,95 milhões de toneladas, de acordo com o documento do Ministério do Comércio.

Plantas menores, a maioria sediada no centro de refino oriental da província de Shandong, receberam um total de 51,4 milhões de toneladas de cotas, cerca de 26% a menos que um ano atrás, mostraram os documentos.

Analistas disseram que a tendência está de acordo com a política de Pequim de consolidar seu setor de refino com a remoção da capacidade de processamento excessiva e ineficiente em favor de complexos maiores e mais avançados tecnologicamente.

“No geral, a última liberação de cotas está dentro das expectativas do mercado, que é de que as megaempresas integradas estão ganhando preferência às custas das plantas tradicionais (menores)”, disse a consultoria chinesa de commodities Longzhong em nota em sua conta no WeChat, nesta quinta-feira.

O Ministério do Comércio não comentou de imediato.

Espera-se que a província de Shandong feche refinarias com capacidade diária de mais de meio milhão de barris até o final de 2022 para abrir caminho para um novo complexo petroquímico.