China reduz previsão de consumo de milho para ração em 21/22 e mantém soja
A China reduziu suas estimativas para consumo de milho usado na ração animal no período 2021/2022, uma vez que os preços dos suínos continuam baixos, disse o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira.
O número foi revisado para 187 milhões de toneladas, 3 milhões de toneladas abaixo da previsão do mês anterior, de acordo com um relatório de safra mensal no site do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.
Os dados oficiais são observados de perto, já que a queda nos preços dos suínos na China, o maior produtor e consumidor mundial, continuou a pesar sobre a demanda por ração animal e também impactou o comércio global.
A expansão da produção de suínos deve desacelerar, já que os preços dos porcos continuaram em níveis baixos, reduzindo o consumo de ração, disse o ministério.
Os preços dos animais na China despencaram este ano devido ao aumento da oferta e aos temores de novos surtos de peste suína africana.
Embora o governo tenha tomado medidas para apoiar os preços, eles permaneceram em níveis relativamente baixos.
A China também reduziu suas estimativas de consumo de ração e consumo industrial de milho na safra anterior (2020/21), em 2 milhões de toneladas em relação ao ano anterior, devido aos preços elevados do grão, de acordo com as estimativas mensais.
O consumo de ração para milho em 2020/21 foi visto em 180 milhões de toneladas, enquanto a demanda industrial de milho no ano foi estimada em 80 milhões de toneladas, de acordo com o relatório.
Os produtores de ração reduziram o uso de milho, pois grãos alternativos, como trigo e arroz, tinham uma vantagem para substituir o cereal.
Os processadores de milho também reduziram a taxa de operação nas fábricas com margens em queda, disse o ministério.
O ministério elevou suas estimativas das importações de milho em 2020/21 da China em 4 milhões de toneladas, para 26 milhões de toneladas, em um aumento significativo nos embarques dos EUA.
A estimativa para o consumo de soja em 2021/22 foi mantida estável em 119,08 milhões de toneladas, na comparação com a previsão do mês anterior. Mas o volume representa o crescimento ante 2020/21, quando somou 113,26 milhões.
As previsões para importações de soja pela China também ficaram estáveis em 2021/22, em 102 milhões de toneladas, mas representam um crescimento ante as 98,6 milhões de 2020/21.
(Atualizada às 10:32)