China reduz importação de petróleo bruto em setembro, eleva exportação de combustível
As importações de petróleo bruto da China em setembro ficaram 2% abaixo do nível do ano anterior, mostraram dados nesta segunda-feira, uma vez que refinarias independentes reduziram a produção em meio a margens reduzidas e demanda fraca.
No entanto, as refinarias estatais elevaram as exportações de combustível para o maior volume mensal desde junho de 2021 para lucrar com margens robustas de exportação, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas divulgados com uma semana de atraso.
O maior importador de petróleo do mundo trouxe 40,24 milhões de toneladas de petróleo bruto no mês passado, o equivalente a 9,79 milhões de barris por dia (bpd).
Embora tenham sido superiores aos 9,5 milhões de bpd em agosto, as cargas permaneceram abaixo dos quase 10 milhões de bpd importados um ano antes.
As importações nos três primeiros trimestres do ano totalizaram 370,4 milhões de toneladas, ou cerca de 9,9 milhões de bpd, 4,3% abaixo do período correspondente do ano passado. Isso marca o primeiro declínio anual para este período desde pelo menos 2014.
A demanda de combustível da China foi duramente atingida, já que as restrições drásticas da Covid-19 de Pequim sufocaram as atividades de viagens e manufatura.
Embora as refinarias estatais tenham retornado de interrupções e manutenções planejadas, as refinarias independentes, que representam cerca de um quinto das importações de petróleo bruto da China, continuaram a manter a produção baixa.
“O sentimento é muito baixo. As margens não são boas, as plantas não foram motivadas a aumentar atividades”, disse um executivo de trading de Cingapura com uma refinaria independente no leste da China antes da divulgação dos dados.
No entanto, os dados mostraram que as exportações no mês passado de combustível –incluindo diesel, gasolina, combustível de aviação e óleo combustível marítimo– subiram 36% em relação ao ano anterior, para 5,64 milhões de toneladas.
As exportações acumuladas no ano caíram 27,6%, para 35,45 milhões de toneladas, como resultado da política de Pequim adotada no final de 2021 para limitar as exportações de combustível e o processamento excessivo de refinarias.
Mas, no final de setembro, Pequim divulgou um grande conjunto de novas cotas de exportação de combustíveis para impulsionar sua economia, que pode ver as exportações se recuperarem ainda mais até o primeiro trimestre de 2023.
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