China pede respeito em negociações e é acusada de roubo de patentes pelos EUA
A China e os EUA devem trabalhar de forma próxima para atingirem acordo comercial, tendo em vista as decorrências negativas para o crescimento global como um todo, de acordo com Zhu Guangyao, ex-vice-ministro de Finanças.
“Esperamos que a China e os EUA possam atingir um acordo com respeito mútuo, com mútuos benefícios e tratamento igual para cada lado”, disse Guangyao, à rede norte-americana CNBC nesta segunda-feira (23). “Isso não é somente importante para a China e para os EUA, mas também para todo o mundo”, completou.
Guangyao também comentou a redução das projeções da OCDE para o crescimento global. “A figura de 6,2% de crescimento ainda é a maior do mundo entre as principais economias; 6,2% não é fácil agora porque cada 1% de expansão do PIB na China está conectado ao emprego de mais de 2 milhões de pessoas”, avaliou. O crescimento da China no segundo trimestre foi de 6,2% – ritmo mais lento em 30 anos.
Propriedade intelectual
Paralelamente, o Departamento de Justiça dos EUA acusa a China de roubar patentes da maior economia do mundo. Questões de propriedade intelectual e soberania nacional são centrais nas negociações.
“Mais casos estão sendo abertos e implicam em roubo de propriedade intelectual”, declarou Adam Hickey, oficial do Departamento de Justiça, à CNBC. “O problema em questão é que faz parte da política industrial da China […] o roubo de propriedade intelectual com ajuda do Estado”, disse.