Internacional

China ordena que companhias aéreas suspendam recebimento da Boeing, diz Bloomberg

15 abr 2025, 9:25 - atualizado em 15 abr 2025, 9:25
Boeing
China ordena que companhias aéreas suspendam recebimento da Boeing - (Imagem: REUTERS/Peter Cziborra)

A China ordenou que suas companhias aéreas não aceitem mais recebimento de jatos da Boeing em resposta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 145% sobre os produtos chineses, publicou a Bloomberg News nesta terça-feira (15), citando fontes familiarizadas com o assunto.

As ações da Boeing (BA) — que vê a China como um de seus maiores mercados em crescimento e onde a rival Airbus detém uma posição dominante — caíram 3% antes da abertura dos mercados.

Pequim também ordenou que as companhias aéreas chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças relacionadas a aeronaves de empresas norte-americanas, afirmou a Bloomberg.

A decisão da China de suspender as compras de componentes relacionados a aeronaves deve aumentar os custos de manutenção dos jatos que voam no país.

Os EUA e o país asiático estão envolvidos em uma guerra tarifária desencadeada pela política comercial de Trump. Na semana passada, os chineses retaliaram os norte-americanos e aumentaram as sobretaxas de importação para 125%.

O governo da China está estudando formas de prestar assistência às companhias aéreas que alugam jatos da Boeing e estão enfrentando custos mais altos, segundo a Bloomberg.

Uma tarifa de 125% aumenta significativamente o custo dos jatos da Boeing destinados às companhias aéreas chinesas, tornando-os um fardo financeiro e, potencialmente, levando as companhias aéreas da China a considerarem alternativas como a Airbus e a fabricante nacional COMAC.

As três principais companhias aéreas da China – Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines – planejam receber 45, 53 e 81 aviões da Boeing, respectivamente, entre 2025 e 2027.

A guerra tarifária criada por Trump corre o risco de paralisar o comércio de mercadorias entre as duas maiores economias do mundo, de acordo com analistas. Esse comércio foi avaliado em mais de US$ 650 bilhões em 2024.

Trump, que disse na sexta-feira (11) que estava confortável com a taxação sobre os produtos chineses, também sugeriu que um acordo com Pequim pode estar no horizonte, mas nenhum entendimento foi alcançado ainda.

A Boeing não comentou o assunto ao ser procurada pela Reuters.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
reuters@moneytimes.com.br

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar