Setor Automotivo

China negocia com montadoras extensão de subsídios para veículos elétricos

18 maio 2022, 17:18 - atualizado em 18 maio 2022, 17:18
Para este ano, não há imposto de compra para esses veículos, mas o governo planejava aplicar um imposto de 10% do preço de compra em 2023 (Imagem: REUTERS/Aly Song)

A China está negociando com montadoras uma extensão de subsídios para veículos elétricos que expiram em 2022, com objetivo de manter o mercado em crescimento à medida que a economia do país desacelera, disseram três pessoas a par do assunto.

Departamentos governamentais, incluindo o Ministério da Informação e Tecnologia Industrial (MIIT), avaliam estender subsídios para veículos elétricos em 2023, disseram as pessoas.

Desde que os subsídios começaram em 2009, cerca de 100 bilhões de iuanes (14,8 bilhões de dólares) foram entregues a compradores, incluindo operadores de frotas comerciais até o fim de 2021, segundo estimativa de Shi Ji, analista de automóveis do China Merchants Bank International.

Os termos completos da extensão de 2023, incluindo o valor dos subsídios e os veículos se qualificariam, não foram finalizados, disseram as pessoas.

Para este ano, não há imposto de compra para esses veículos, mas o governo planejava aplicar um imposto de 10% do preço de compra em 2023.

Agora, a taxa subiria para 5%, disseram eles.

Os subsídios valeriam para carros de todas as montadoras, incluindo a Tesla (TSLA), que tem fábrica em Xangai e é a única estrangeira com veículo elétrico dentre os mais vendidos.

O subsídio de veículos elétricos estava originalmente programado para ser extinto no fim de 2020, mas Pequim o estendeu por dois anos para estimular a demanda após a pandemia.

O governo também cortou subsídios por veículo, à medida que a demanda subiu e os custos de fabricação caíram.

O subsídio para um híbrido plug-in com autonomia de mais de 300 quilômetros caiu cerca de 20%, para o equivalente a cerca de 1.900 dólares.

No mercado de elétricos da China, carros menores movidos a bateria, a maioria fora do esquema de subsídios, representam 40% das vendas do setor, segundo a consultoria Jato, e custam em média pouco menos de 4 mil dólares. Isso se compara a mais de 26 mil dólares nos Estados Unidos para modelos equivalentes.

Os subsídios agora são direcionados a modelos maiores, com autonomia de mais de 300 quilômetros.

A CAAM instou o governo a considerar ajuda adicional para a indústria. As vendas gerais de veículos em abril caíram quase 48% em relação ao ano anterior, segundo dados da indústria.

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