China mantém taxas referenciais de empréstimo em fevereiro como esperado
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A China deixou inalteradas as taxas referenciais de empréstimo na fixação mensal desta quinta-feira (20), mostrando que as autoridades estão indo devagar com o estímulo monetário conforme priorizam a estabilidade financeira e monetária.
O enfraquecimento do iuan e a redução das margens líquidas de juros nos bancos comerciais limitam o escopo de afrouxamento monetária de Pequim no momento em que a China enfrenta novas tensões comerciais com o novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos.
A taxa primária de empréstimos (LPR) de um ano foi mantida em 3,10%, enquanto a LPR de cinco anos permaneceu em 3,60%.
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Em uma pesquisa da Reuters com 30 participantes do mercado realizada esta semana, nenhum deles esperava mudanças em nenhuma das duas taxas.
Os bancos chineses concederam 5,13 trilhões de iuanes (US$ 704,35 bilhões) em novos empréstimos em janeiro, mais do que quadruplicando o valor de dezembro e superando as previsões dos analistas. Entretanto, o ritmo de crescimento dos empréstimos em comparação com o ano anterior atingiu uma mínima recorde, indicando que a demanda por crédito continua lenta em meio às incertezas econômicas.
O banco central da China disse na semana passada que ajustaria sua política monetária no momento apropriado para apoiar a economia, em meio ao aumento das questões externas, especialmente a ameaça de uma escalada da guerra comercial com os Estados Unidos sob o comando do presidente Donald Trump.
Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre as importações chinesas como parte de um amplo plano para melhorar a balança comercial dos EUA, desencadeando uma retaliação de Pequim.