China limita exportações de amido de milho preocupada com oferta
A China reduziu as exportações de amido de milho, em um sinal de que o maior importador mundial do grão pode estar preocupado com a oferta doméstica.
O governo pediu às empresas que suspendam os embarques para estabilizar os preços do milho e frear os riscos de inflação, de acordo com Ma Wenfeng, analista sênior da Beijing Orient Agribusiness Consultant.
O amido de milho é usado como ingrediente para engrossar sopas e molhos, por exemplo, ou para produtos de papel e adesivos.
Apesar do volume relativamente pequeno de exportações, a medida ressalta as preocupações do governo de Pequim com a oferta de grãos e o aumento dos preços.
A China importa milho principalmente dos EUA, que pode enfrentar uma colheita menor nesta temporada, e da Ucrânia, onde os embarques foram interrompidos após a invasão da Rússia.
Embora a China produza a maior parte do milho que consome, o mau tempo ameaça a produção.
“Os preços do milho estão altos, e os suprimentos mais baratos da Ucrânia não podem ser enviados facilmente”, disse Ma. “A exportação de amido de milho elevaria ainda mais os preços domésticos.”
Traders e processadores que conversaram com a Bloomberg confirmaram as restrições, sem dar detalhes sobre como o aviso foi comunicado. O Ministério da Agricultura não respondeu a pedidos de comentário. Nesta segunda-feira é feriado na China.
Dados alfandegários mostram que as exportações de amido de milho da China caíram para apenas 900 toneladas em agosto, comparadas a 40 mil toneladas em julho e 23.240 toneladas um ano antes. O produto é enviado principalmente para as Filipinas, Indonésia, Tailândia e Malásia.
Os preços de referência globais do milho acumulam ganho de 15% este ano em meio à guerra na Ucrânia e ao clima adverso nas principais regiões produtoras, incluindo EUA e Europa.
Para reduzir riscos de abastecimento, a China busca diversificar as importações de milho e acelera os embarques do Brasil.
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