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China impulsionará legislação para combater “braço longo” da pressão estrangeira

08 mar 2021, 15:17 - atualizado em 08 mar 2021, 15:17
Em um discurso de novembro, o presidente chinês, Xi Jinping, exortou a cúpula do partido a “promover o Estado de Direito” em questões que envolvem partes estrangeiras (Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

A China acelerará a formulação de leis para conter sanções estrangeiras e a “jurisdição de braço longo”, informou seu Parlamento nesta segunda-feira em meio a uma pressão crescente de países ocidentais em questões que vão de Xinjiang a Hong Kong.

Ao ler seu relatório anual em uma sessão parlamentar, o chefe do Parlamento, Li Zhanshu, disse que no próximo ano a China acelerará uma legislação relacionada à política externa e “atualizará seu conjunto de ferramentas legais” na tentativa de “se opor a sanções estrangeiras, à interferência e à jurisdição de braço longo”.

Em um discurso de novembro, o presidente chinês, Xi Jinping, exortou a cúpula do partido a “promover o Estado de Direito” em questões que envolvem partes estrangeiras. Ele ainda pediu o uso de meios legais para defender a soberania, a segurança e os interesses da China.

o chefe do Parlamento, Li Zhanshu, disse que no próximo ano a China acelerará uma legislação relacionada à política externa e “atualizará seu conjunto de ferramentas legais” (Imagem: Sergei Chirikov/Pool via REUTERS.)

Os Estados Unidos recorrem cada vez mais a sanções ou à ameaça de sanções para expressarem sua preocupação com a maneira como a China trata sua minoria muçulmana uigur em Xinjiang e com as atividades pró-democracia em Hong Kong.

A China, que advoga com frequência uma política de não-interferência, sustenta que se trata de assuntos internos dos quais Washington deve se abster.

A China tem criticado o Canadá por ter prendido Meng Wanzhou, executiva sênior da Huawei, em 2018 devido a um pedido de extradição dos EUA, vendo nela um exemplo de “jurisdição de braço longo”, e vem tentando obter sua libertação desde então.