China impulsiona exportação e produção de carnes do Brasil em 2020, diz Rabobank
A produção e a exportação de carnes do Brasil deverão avançar no próximo ano, com a ajuda da demanda chinesa, enquanto o país asiático lida com uma menor oferta em função do impacto da peste suína africana no rebanho, avaliou o Rabobank em evento nesta quinta-feira.
“A China começou a demandar muita carne, vai se tornar o maior importador das três carnes. Se considerar Hong Kong, metade do que exportamos, grande dependência…”, disse o analista Wagner Yanaguizawa.
Ele comentou que o vírus da peste suína não foi controlado e não será no curto prazo, fazendo com o que o país seja obrigado a elevar compras não só de cortes suínos, mas também de outras carmes.
Esse movimento já impulsionou os embarques do Brasil em 2019, colaborando para uma disparada do preços das carnes no país.
“A China tem metade do rebanho suíno global, espera queda de 25% nos volumes este ano…”, disse.
Neste contexto, o Rabobank estima que a produção de carne bovina do Brasil deve avançar para 10,45 milhões de toneladas em 2020, ante 10,1 milhões de toneladas vistas em 2019.
Na mesma toada, a produção de carne de porco também tende a avançar no ano que vem, de 3,89 milhões de toneladas em 2019 para 4,05 milhões de toneladas em 2020, acrescentou o banco holandês.
A instituição vê um avanço mais modesto para a produção de carne de frango –de 13,6 milhões de toneladas neste ano para 13,8 milhões no ano que vem.
Em termos de exportação, as carnes bovina e suína devem apresentar as altas mais expressivas em 2020. O Rabobank estima um crescimento de 10,6% nos embarques da proteína bovina no próximo ano, para 2,39 milhões de toneladas.
Já a carne da porco deve registrar salto de 14,5% em suas exportações, a 948 mil toneladas.
Mais timidamente, a carne de frango tende a acumular embarques de 3,9 milhões de toneladas em 2020, versus 3,8 milhões de toneladas neste ano.