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China importa menos soja do Brasil em novembro e aumenta compras dos EUA

20 dez 2024, 10:33 - atualizado em 20 dez 2024, 10:33
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(Foto: Reuters)

As importações de soja do Brasil pela China encolheram 25% em novembro em relação ao ano anterior, enquanto os embarques dos Estados Unidos aumentaram, com os compradores correndo para garantir suprimentos devido a preocupação com as crescentes tensões comerciais entre Washington e Pequim.

O maior comprador de soja do mundo recebeu 2,79 milhões de toneladas de soja dos EUA no mês, em comparação com 2,29 milhões de toneladas há um ano, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândega divulgados nesta sexta-feira (20).

A China importou um total de 7,15 milhões de toneladas de soja em novembro.

No acumulado dos 11 meses de 2024, a China importou 97,09 milhões de toneladas da oleaginosa e caminha para um recorde anual, já que os exportadores dos EUA correram para movimentar suas remessas antes que o novo presidente Donald Trump entre na Casa Branca.

Uma nova guerra comercial entre China e EUA?

As ameaças tarifárias de Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, provocaram temores de outra guerra comercial entre Washington e Pequim, que poderia interromper o comércio de soja.

Os embarques dos EUA, o segundo maior produtor mundial, têm aumentado desde abril.

No entanto, apesar da queda nas importações brasileiras, a maior parte das importações da China em novembro veio do país sul-americano, com 3,94 milhões de toneladas.

Enquanto isso, as chegadas da Argentina aumentaram de 54.214 toneladas no ano anterior para 242.227 toneladas.

No período de janeiro a novembro, as importações totais de soja dos EUA pela China caíram 9% em relação ao ano anterior, para 17,88 milhões de toneladas.

Os embarques totais do Brasil durante os 11 meses aumentaram 10%, para 71,7 milhões de toneladas.

A chinesa Sinograin comprou quase 500 mil toneladas de soja dos EUA nesta semana para embarque em março e abril, pagando mais pelos suprimentos norte-americanos para as reservas estatais, em vez de comprar grãos brasileiros mais baratos, disseram dois traders norte-americanos familiarizados com os negócios.

As últimas compras da Sinograin seguem os negócios que a China registrou na semana passada para cerca de 750.000 toneladas para embarque de janeiro a março.

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reuters@moneytimes.com.br
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