Coronavírus

China faz ameaça relacionada a análise sobre origem do vírus

25 ago 2021, 14:06 - atualizado em 25 ago 2021, 14:06
Joe Biden
Agências de inteligência dos EUA estão concluindo uma análise sobre as origens do coronavírus, encomendada pelo presidente Joe Biden no final de maio (Imagem: REUTERS/Evelyn Hockstein)

A China ameaça retaliar os que questionam se o coronavírus vazou de seus laboratórios. O aviso vem dias antes de o governo dos EUA divulgar as conclusões de uma investigação do serviço de inteligência a respeito das origens da pandemia.

“Continuaremos a cooperar com organizações internacionais como a OMS em suas pesquisas e sua busca pelas origens”, disse Fu Cong, diretor-geral do Departamento de Controle de Armas do Ministério de Relações Exteriores. “Mas nós não aceitamos acusações infundadas que são politicamente motivadas. E quem quiser acusar a China sem fundamento deve se preparar para aceitar o contra-ataque da China.”

Agências de inteligência dos EUA estão concluindo uma análise sobre as origens do coronavírus, encomendada pelo presidente Joe Biden no final de maio.

O pedido foi feito em resposta a questionamentos sobre a possibilidade de o coronavírus ter saído de laboratórios em Wuhan, deflagrando a pior pandemia em mais de um século.

A China negou diversas vezes que o vírus tenha vazado do Instituto de Virologia de Wuhan ou de qualquer outro laboratório do país e tem criticado a análise dos serviços de inteligência, argumentando que as agências dos EUA têm um histórico de conclusões erradas.

A assessora de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse a repórteres na terça-feira que o relatório provavelmente precisaria passar por mais alguns dias de revisão antes que uma versão sem informações confidenciais seja divulgada ao público.

A China negou diversas vezes que o vírus tenha vazado do Instituto de Virologia de Wuhan ou de qualquer outro laboratório do país e tem criticado a análise dos serviços de inteligência (Imagem: Pixabay/BlenderTimer)

Fu afirmou que, se os EUA continuarem levantando questões sobre seus laboratórios, então devem permitir uma investigação dos laboratórios em um complexo militar no estado de Maryland e na Universidade da Carolina do Norte.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, deveria fazer uma visita ao laboratório do Forte Detrick, em Maryland, segundo Fu.

O local “é conhecido como o centro das experiências mais sombrias do governo dos EUA”, disse Fu. “Preocupações graves são colocadas há muito tempo pela comunidade internacional, inclusive pelo público americano, sobre o Forte Detrick”.