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China expande esquema de troca de bens de consumo para impulsionar crescimento econômico

08 jan 2025, 7:58 - atualizado em 08 jan 2025, 7:58
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No ano passado, a China destinou cerca de 150 bilhões de iuanes para subsidiar a substituição de eletrodomésticos e outros produtos antigos. (Imagem: REUTERS/Florence Lo)

A China acrescentou novos eletrodomésticos à lista de produtos de seu esquema de troca de bens de consumo voltado para consumidores e oferecerá subsídios para produtos digitais adicionais este ano, em um esforço para impulsionar a demanda interna.

Fornos de micro-ondas, purificadores de água, máquinas de lavar louça e panelas de arroz serão incluídos no esquema de troca este ano, de acordo com um documento emitido pelo principal planejador estatal e pelo Ministério das Finanças nesta quarta-feira. Celulares, tablets, smartwatches e pulseiras de menos de 6.000 iuanes poderão receber subsídios de 15%.

A declaração não especificou o custo total dos incentivos, mas um funcionário do Ministério das Finanças disse em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira que o governo havia alocado até agora 81 bilhões de iuanes (US$ 11,05 bilhões) para trocas de bens de consumo a fim de apoiar o consumo em 2025.

As novas medidas fazem parte de um plano mais amplo para estimular o crescimento da segunda maior economia do mundo em 2025, onde uma grave crise no setor imobiliário tem corroído a riqueza dos consumidores e prejudicado os gastos das famílias.

O consumo doméstico tem sido um problema especial para a economia, com analistas e consultores de políticas pedindo medidas urgentes para que as famílias voltem a gastar.

“Esperamos que o total de subsídios dobre de tamanho para 300 bilhões de iuanes em 2025. Isso marca, de certa forma, uma guinada na política em direção a mais consumo”, disse Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit.

No entanto, os subsídios mais limitados para celulares e tablets, de menos de 500 iuanes por item, sugerem que Pequim não pretende subsidiar os ricos para gastos de grande porte, acrescentou.

No ano passado, a China destinou cerca de 150 bilhões de iuanes da emissão especial de 1 trilhão de iuanes em títulos para subsidiar a substituição de eletrodomésticos, carros, bicicletas e outros produtos antigos.

As autoridades disseram que a campanha “alcançou efeitos positivos”.

O resultado foi 920 bilhões de iuanes em vendas de automóveis e 240 bilhões de iuanes em vendas de eletrodomésticos em 2024, disse Li Gang, funcionário do Ministério do Comércio, na mesma coletiva de imprensa.

reuters@moneytimes.com.br