China está longe da meta de compras de acordo comercial com EUA
As importações da China de bens dos EUA sob o acordo comercial de primeira fase desaceleraram no mês passado, depois de atingirem uma máxima em setembro, o que deixa o país asiático bem distante da meta anual.
Até o final de outubro, a China havia comprado cerca de US$ 75,5 bilhões em produtos selecionados, de acordo com cálculos da Bloomberg com base em dados da Administração Aduaneira.
O volume corresponde a 43,9% da meta total para 2020, de US$ 172 bilhões em mercadorias. Isso significa que a China precisaria comprar mais de US$ 95 bilhões nos dois meses restantes do ano para cumprir o acordo comercial fechado em janeiro com os EUA.
A desaceleração foi puxada por uma queda de quase 60% das compras de petróleo em outubro em relação ao mês anterior.
As compras de produtos de energia correspondiam a apenas cerca de 25% do volume esperado até o final do ano, muito menos do que para as outras categorias de produtos agrícolas e manufaturados.
Apesar do ritmo reduzido de compras totais, os embarques de soja aumentaram mais de 190% em relação a setembro.
O valor das importações de aeronaves cresceu cerca de 130%, e as compras de circuitos integrados foram 20% maiores.
Como os dados mostram que provavelmente será impossível para a China cumprir as metas de compras anuais, o foco agora é saber como o governo Joe Biden abordará o acordo comercial.
A mídia estatal chinesa indicou que as relações EUA-China devem permanecer tensas, diante da improbabilidade de Biden suspender as tarifas impostas por Donald Trump às exportações chinesas.
Trump aumenta a tensão com a China nos últimos dias de se governo. Nesta semana, os EUA confirmaram a designação da chinesa ZTE como ameaça à segurança nacional, alegando que os equipamentos de telecomunicações da empresa poderiam ser usados para espionagem.
O governo também estaria prestes a proibir 89 empresas chinesas de comprar exportações dos EUA, de acordo com a Reuters.