Internacional

China e Rússia ignoram apelo dos EUA na ONU para condenar lançamento da Coreia do Norte

02 jun 2023, 20:26 - atualizado em 02 jun 2023, 20:26
EUA
Robert Wood, diplomata da missão de Washington na ONU, fez o pedido em reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada pelos Estados Unidos e aliados para discutir o lançamento fracassado de quarta-feira (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

A China e a Rússia ignoraram nesta sexta-feira um pedido dos Estados Unidos que o Conselho de Segurança da ONU se una para condenar a Coreia do Norte por sua tentativa de lançamento de satélite nesta semana e, em vez disso, culparam Washington por aumentar as tensões na península coreana.

Robert Wood, diplomata da missão de Washington na ONU, fez o pedido em reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada pelos Estados Unidos e aliados para discutir o lançamento fracassado de quarta-feira, que os EUA consideram ter violado várias resoluções da ONU porque usou tecnologia de mísseis balísticos.

“Pedimos a todos os membros do conselho que defendam a credibilidade do conselho, juntem-se a nós para condenar esse comportamento ilegal e exortamos a RPDC a não seguir adiante com seu plano declarado de realizar outro lançamento que representará ainda mais uma ameaça à paz e segurança internacionais, “, disse Wood, utilizando o acrônimo RPDC, as iniciais do nome oficial da Coreia do Norte.

Após o lançamento, Kim Yo Jong, irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disse que seu país logo colocaria um satélite espião militar em órbita e prometeu que Pyongyang aumentaria sua capacidade de vigilância militar.

O vice-representante permanente chinês nas Nações Unidas, Geng Shuang, disse na reunião da ONU que a Coreia do Norte tem “preocupações legítimas de segurança” e que o Conselho de Segurança deve promover o arrefecimento e não apontar o dedo para uma das partes.

Geng e a representante permanente da Rússia na ONU, Anna Evstigneeva, criticaram os Estados Unidos por elevar as tensões ao realizar exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.