China diz que nota sincero arrependimento de presidente do JPMorgan sobre comentário
O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quinta-feira que notou expressão de arrependimento do presidente-executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, por um comentário que ele fez sobre o Partido Comunista e disse que espera que a mídia pare de “exagerar” a questão.
Na quarta-feira, Dimon disse lamentar seu comentário em um evento no dia anterior, de que o banco de Wall Street duraria mais do que o Partido Comunista da China, agindo rapidamente para tentar evitar qualquer crise de longo prazo.
“Observei os relatos sobre como o indivíduo envolvido refletiu sinceramente. Acho que essa é a atitude certa. Espero que a mídia envolvida pare de exagerar este assunto”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, em um habitual briefing diário, em resposta a uma pergunta.
Especialistas em China nos Estados Unidos, entretanto, disseram que o rápido pedido de desculpas de Dimon deve garantir que nenhum dano sério seja causado às ambições de longo prazo do banco.
Em uma série de entrevistas com presidentes de empresas promovidas pelo Boston College na terça-feira, Dimon disse: “Eu fiz uma piada outro dia, que o Partido Comunista está comemorando seu centésimo ano – assim como o JPMorgan. Eu apostaria que duraremos mais.”
“Não posso dizer isso na China. Mas provavelmente eles estão ouvindo isso de qualquer maneira”, finalizou.
Na quarta-feira, Dimon e JPMorgan emitiram duas declarações para minimizar as potenciais consequências dos comentários.
“Lamento e não deveria ter feito esse comentário. Estava tentando enfatizar a força e longevidade de nossa empresa“, disse Dimon em um comunicado divulgado pelo banco.
Posteriormente, Dimon disse: “Nunca é certo fazer piadas ou denegrir qualquer grupo de pessoas, seja um país, sua liderança ou qualquer parte de uma sociedade e cultura.”
O JPMorgan tem grandes ambições de crescimento na China, onde obteve a aprovação regulatória em agosto para se tornar o primeiro proprietário estrangeiro de uma corretora de valores.