Internacional

China deve manter taxas de empréstimos inalteradas em meio a pressão sobre iuan

19 set 2022, 9:43 - atualizado em 19 set 2022, 9:43
Yuan Iuan China
A maioria dos empréstimos novos e pendentes na China baseia-se na LPR de um ano, que agora é de 3,65%. A taxa de cinco anos influencia o preço das hipotecas residenciais e agora está em 4,30% (Imagem: REUTERS/Thomas White)

A China deve manter as taxas de empréstimos inalteradas esta semana, mostrou uma pesquisa com participantes do mercado, com as autoridades adiando a flexibilização monetária no curto prazo para evitar mais pressão de depreciação sobre a moeda.

A taxa básica de empréstimos (LPR), que os bancos normalmente cobram de seus melhores clientes, é definida por 18 bancos comerciais designados que submetem a taxa proposta ao Banco do Povo da China (PBOC).

Vinte e um dos 28 entrevistados, ou 75% de todos os participantes na pesquisa instantânea da Reuters não previram nenhuma mudança para a LPR de um ano ou de cinco anos na decisão na terça-feira.

Entre os sete entrevistados restantes, seis esperam um corte de cinco pontos-base na LPR de cinco anos para estimular o setor imobiliário, enquanto outro entrevistado projeta cortes marginais em ambas as taxas.

A maioria dos empréstimos novos e pendentes na China baseia-se na LPR de um ano, que agora é de 3,65%. A taxa de cinco anos influencia o preço das hipotecas residenciais e agora está em 4,30%.

Ambas as taxas foram reduzidas em agosto para reanimar a demanda por crédito e apoiar a economia em declínio.

As expectativas de uma LPR inalterada vêm à medida que a divergência crescente entre as políticas monetárias da China e da maioria das outras grandes economias pesa sobre o iuan, limitando o escopo para mais flexibilização da política monetária.

A China, juntamente com o Japão, tem sido uma grande exceção em meio a uma série global de aumentos nas taxas de juros para controlar a inflação, com Pequim focada em reanimar uma economia afetada pelos choques da Covid-19.

O iuan perdeu cerca de 4% para o dólar desde meados de agosto e está a caminho de sua maior perda anual desde 1994, quando a China unificou as taxas de câmbio oficiais e de mercado.

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