China deve liderar ESG na Ásia após salto de 1.700% em ativos
A China deve registrar o crescimento mais rápido da Ásia em investimentos ambientais, sociais e de governança. Isso depois de o país aumentar em 18 vezes os ativos de fundos de índice nos últimos dois anos, segundo estimativas da Bloomberg Intelligence.
As iniciativas da China em energia renovável e veículos elétricos devem direcionar mais fundos para ETFs relacionados aos chamados critérios ESG, contribuindo para um crescimento de 20% dos ativos na Ásia neste ano, de acordo com Esther Tsang, analista da BI.
“Estamos vendo um salto”, disse Tsang. “A China vai dominar.”
Mesmo com a expansão nos últimos dois anos, a China responde por pouco mais de 10% dos ativos de ETFs ESG asiáticos sob gestão. O Japão lidera o grupo, com uma fatia de cerca de 80% dos US$ 40 bilhões em fundos ESG negociados em bolsas. A Ásia está atrás da América do Norte e da Europa, respondendo por menos de 20% dos US$ 218 bilhões em ETFs globais neste setor, de acordo com estimativas de Tsang e Adeline Diab, da Bloomberg Intelligence.
O forte desempenho contribui para o crescimento dos ativos da China, juntamente com novos fluxos de investimento. O ETF KraneShares MSCI China Environment Index negociado em Nova York de um salto de 132% nos últimos 12 meses, impulsionado por suas posições nas fabricantes de veículos elétricos Nio e Byd, juntamente com a Xinyi Solar Holdings. O ETF Global X China Clean Energy em Hong Kong também mais que dobrou os ganhos no último ano.
Retornos sólidos, juntamente com a necessidade de montar uma carteira mais resiliente, atraem investidores para o setor na Ásia, disse Amy Lo, codiretora de patrimônio para Ásia-Pacífico do UBS, em Hong Kong. Pesquisas do banco suíço mostraram que 75% dos family offices já possuem alguns investimentos sustentáveis.