“China dependência” se evidencia com exportações recordes de carne sem novos negócios
As exportações de carne bovina em setembro mostram, ao lado da “China dependência”, o potencial perdido no mês, até para o produtor de boi.
Os embarques foram recordes, de 187 mil toneladas, e sem importações novas chinesas.
Como não tem nenhum mercado que sustente volumes tão grandes, a China aceitou a carne que estava nos portos até que as compras foram suspensas em 3 de setembro, a partir da notificação oficial brasileiro do diagnóstico de vaca louca atípica.
Aliás, o maior cliente brasileiro não fez mais do que manda a regra em situações como essa.
Desde julho, os chineses estavam aumentando suas importações, como em 2020, visando encorpar seus estoques para o final de ano e, depois, para o Ano Novo Lunar do país.
Eles terão que retomar os negócios a qualquer tempo, porém é bem possível que em outubro não haja muitos reflexos, até porque até o final desta semana não deverá ter nenhuma novidade. Até dia 7 é feriado na China.
O potencial perdido é refletido também nos preços do boi, que caíram para R$ 292 em São Paulo, se for considerado apenas os dados do Cepea, praticamente o indicador oficial.
Os frigoríficos teriam exigido mais lotes para suprir as exportações.