Fusões e Aquisições

China avalia fusões de bancos para aumentar estabilidade

07 nov 2019, 12:30 - atualizado em 07 nov 2019, 12:30
Ásia China Xangai Mercados
China possui mais de 3 mil pequenos bancos, muitos dos quais enfrentam dificuldades para lidar com o crescente volume de empréstimos de risco e controle do governo (Imagem: Reuters/Aly Song)

O governo chinês avalia um amplo pacote de medidas para fortalecer bancos de menor porte, intensificando os esforços para combater um dos maiores riscos enfrentados pelo maior sistema bancário do mundo.

Bancos problemáticos com menos de 100 bilhões de yuans (US$ 14 bilhões) em ativos seriam instados a buscar uma fusão ou se reestruturar sob um plano em discussão por reguladores financeiros, disseram pessoas a par do assunto.

Os governos locais seriam responsáveis por supervisionar os bancos com problemas, e o banco central ofereceria liquidez, se necessário, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas porque os planos ainda são confidenciais.

A China possui mais de 3 mil pequenos bancos, muitos dos quais enfrentam dificuldades para lidar com o crescente volume de empréstimos de risco e controle do governo contra práticas de financiamento arriscadas.

Até agora, as autoridades tomaram medidas isoladas para estabilizar o setor, tendo assumido o controle de um banco em maio e orquestrado resgates para outros dois. O governo do presidente Xi Jinping agora prepara as bases para uma solução mais abrangente.

O Banco Popular da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário por fax. Já o Comitê de Estabilidade Financeira e Desenvolvimento da China, presidido pelo vice-primeiro-ministro Liu He, afirmou em comunicado que realizou uma reunião na quarta-feira para aprofundar as reformas para bancos de pequeno e médio porte, o que incluiria ajudá-los a recuperar capital. O comitê não forneceu detalhes ou respondeu a uma solicitação de comentário.

A proposta de reforma, que ainda não foi finalizada, também obrigaria os atuais acionistas de bancos em dificuldades a comprar títulos perpétuos para cobrir possíveis perdas, disseram as pessoas.

Uma análise do UBS de mais de 250 bancos chineses em julho mostrou que as instituições enfrentam um rombo potencial de 2,4 trilhões de yuans.

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