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China audita Evergrande e presidente do conselho, venda forçada não ocorre, dizem fontes

15 dez 2021, 10:28 - atualizado em 15 dez 2021, 10:28
Hui, 63, fundador da Evergrande e que atualmente detém cerca de 60% de participação na empresa, tem liberado recursos com a venda de ativos de luxo que incluem três casas de alto padrão, além de obras de arte (Imagem: REUTERS/Aly Song)

Autoridades da China estão fiscalizando os ativos da Evergrande Group e de seu presidente do conselho de administração, Hui Ka Yan, e não esperam uma venda forçada agora de ativos da incorporadora mais endividada do mundo, afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

A auditoria mostra como Pequim está tomando controle sobre a situação da Evergrande depois que a gigante imobiliária descumpriu prazos de pagamento de dois títulos internacionais, disparando uma reestruturação dos mais de 300 bilhões de dólares em dívidas do grupo.

A determinação do valor dos ativos e se existe algum escondido também vai permitir às autoridades decidir se um programa de recuperação financeira envolvendo instituições do governo será necessário, afirmaram as fontes.

Pequim tem repetidamente garantido aos investidores que a situação está sob controle, mas ainda não indicou como planeja estabilizar a companhia, que na semana passada foi colocada em situação de “default restrito” pela agência de classificação de risco Fitch depois que não pagou 82,5 milhões de dólares em cupons de dívidas.

Representantes de entidades estatais que estão atualmente no comando de um recém-criado comitê de gestão de risco na Evergrande e as descobertas anteriores das autoridades mostram que a crise de liquidez da imobiliária é mais complicada do que o esperado, afirmou uma das fontes.

“Atualmente, não há pressa de lançar qualquer plano de venda de ativos”, disse uma fonte próxima das autoridades, se referindo à possíveis desinvestimentos que vão desde a unidade de gestão de imóveis a um braço de produção de veículos elétricos.

Representantes da Evergrande não comentaram o assunto. Contatos com Hui e com o governo da província de Guangdong não puderam ser realizados.

Hui, 63, fundador da Evergrande e que atualmente detém cerca de 60% de participação na empresa, tem liberado recursos com a venda de ativos de luxo que incluem três casas de alto padrão, além de obras de arte.

A revista Forbes estimou em setembro que Hui recebeu 8 bilhões de dólares em dividendos em dinheiro desde que a Evergrande estreou no mercado de ações em 2009, embora o valor atual de sua fortuna atual não seja conhecido.