China ataca lei de Joe Biden sobre Tibet e promete defender seus interesses
A China expressou forte oposição neste sábado (13) a uma lei sancionada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que pressiona Pequim a resolver a disputa sobre as demandas do Tibet por maior autonomia, prometendo “defender firmemente” os seus interesses.
Biden sancionou na sexta-feira a lei sobre a disputa do Tibet, que busca pressionar Pequim a ter encontros com líderes tibetanos, suspensos desde 2010, para garantir um acordo negociado na região do Himalaia e para estimular a China a atender as aspirações do povo tibetano sobre a sua identidade histórica, cultural, religiosa e linguística.
A lei “interfere grosseiramente nos assuntos domésticos da China, mina os interesses chineses e manda um sinal extremamente errôneo às forças de independência tibetanas”, disse o Ministério das Relações Exteriores da China.
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Ainda que Washington reconheça o Tibet como parte da China, a lei parece questionar esse posicionamento, afirmam especialistas. Os EUA apoia há anos o direito do povo tibetano de praticar a sua religião e cultura, acusando a China de violações de direitos humanos na região remota que faz fronteira com a Índia.
“Os EUA não devem implementar a lei”, disse o ministério chinês. “Se os EUA continuarem no caminho errado, a China vai tomar medidas resolutas para defender de forma firme a sua soberania, segurança e os seus interesses de desenvolvimento.”
As atenções voltaram para as questões Tibet-China quando o Dalai Lama, recuperando-se de um procedimento médico, completou 89 anos na semana passada. O líder espiritual exilado disse que vai esclarecer questões sobre a sua sucessão no seu aniversário de 90 anos, enquanto a China insiste que vai escolher o seu sucessor.