China anuncia sanções contra ex-secretário de Comércio dos EUA e outros em retaliação aos EUA
A China afirmou nesta sexta-feira que impôs sanções contra indivíduos norte-americanos, incluindo o ex-secretário do Comércio Wilbur Ross, em resposta às recentes sanções dos EUA contra autoridades chinesas em Hong Kong.
As sanções são as primeiras impostas pela China sob a sua nova lei de sanções contra estrangeiros, aprovada em junho, e acontece dias antes da vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, visitar a China, em meio a tensões acirradas.
A China também impôs “contrasanções recíprocas” não especificadas contra atuais e antigos representantes de uma série de organizações, como a Comissão Executiva do Congresso sobre a China e a Comissão de Revisão de Economia e Segurança EUA-China.
Outras instituições citadas incluem o Instituto Democrático para Assuntos Internacionais, o Instituto Internacional Republicano, a Humam Rights Watch (HRW) e o Conselho Democrático de Hong Kong (HKDC), com sede em Washington.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou em uma entrevista coletiva que os Estados Unidos “não se intimidariam” pela medida da China, que acontece depois de Washington emitir seu alerta comercial sobre Hong Kong semana passada e impor sanções a mais autoridades chinesas pela repressão de Pequim à democracia na antiga colônia britânica.
Foi a segunda vez este ano que a China impôs sanções a autoridades que participaram do governo do ex-presidente Donald Trump, que adotou uma linha dura contra Pequim e a confrontou em assuntos como comércio, práticas de negócios, direitos humanos, entre outros.
Na época em que Biden foi empossado presidente em janeiro, a China anunciou sanções contra o ex-secretário de Estado Mike Pompeo e outras 27 autoridades importantes do governo Trump.