Mercados

China adota novas normas para impulsionar ainda mais a abertura do mercado financeiro

02 maio 2019, 22:47 - atualizado em 02 maio 2019, 22:47
Autoridades financeiras da China tratarão igualmente de todas as entidades nacionais e estrangeiras, enquanto a cooperação e a competência entre elas se desenvolverão sob as mesmas regras

A China planeja adotar uma série de medidas para abrir ainda mais seu mercado financeiro. O objetivo é melhorar a gestão e a competitividade do setor, de acordo com as autoridades administrativas de bancos e seguros do país.

Em entrevista à agência de notícias chinesa Xinhua, Guo Shuqing, presidente da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China, revelou que logo entrarão em vigor um total de 12 novas normas, as quais foram definidas com base em pesquisas e avaliações profundas.

O executivo destacou que os esforços da China em abrir seu setor financeiro geraram uma reação positiva no mercado. Segundo ele, tanto para os bancos com capital exclusivamente chinês como para os com investimento puramente estrangeiro, o limite de participação em um banco comercial chinês será eliminado simultaneamente.

Também serão excluídas normas para que bancos estrangeiros estabelecerem na China instituições financeiras que tenham status de pessoa jurídica ou sucursais, assim como para os bancos do exterior terem ações em sociedades fiduciárias.

As autoridades financeiras tratarão igualmente de todas as entidades nacionais e estrangeiras, enquanto a cooperação e a competência entre elas se desenvolverão sob as mesmas regras, garantiu Guo.

As novas normas também permitirão às instituições financeiras estrangeiras a adquirir participações em companhias de seguros com recursos estrangeiros que operem na China.

Além disso, serão aliviadas as restrições sobre os acionistas chineses que participarem de um “banco joint venture”, ao mesmo tempo em que será abolido o requisito de que o único ou o maior acionista chinês seja uma instituição financeira.

“Uma maior abertura dos setores bancários e de seguros não apenas é essencial para o desenvolvimento da economia e para as finanças chinesas, mas também contribui para enriquecer as entidades de mercado e estimular a vitalidade do mesmo”, concluiu Guo.