Chilena SQM busca novos projetos de lítio em outros países
A Sociedad Quimica y Minera de Chile, segunda maior produtora mundial de lítio, busca oportunidades de desenvolver novos projetos em diferentes países para atender à demanda que pode triplicar até 2025.
Parte do financiamento para investimentos nos próximos quatro anos virá da venda de US$ 1,1 bilhão em novas ações, em vez de dinheiro ou dívida, disse o diretor financeiro da SQM, Gerardo Illanes, em entrevista ao programa de rádio Pauta Bloomberg. “Um aumento de capital nos permite continuar a ter flexibilidade para executar novos projetos quando os encontramos.”
Os acionistas votarão sobre o aumento de capital em 22 de janeiro. A empresa de Santiago já está em negociações com seu maior investidor, a chinesa Tianqi Lithium, e acionistas minoritários, que incluem fundos de pensão chilenos. Os recursos financiariam a expansão da produção doméstica de lítio e possivelmente avançariam o projeto Mount Holland na Austrália.
“A Austrália é muito atraente para os depósitos disponíveis lá, mas também temos procurado outros lugares e estamos muito abertos para avaliar outras opções”, disse Illanes.
A maior produção é necessária para atender à demanda crescente da indústria de veículos elétricos, disse Illanes. A produção total de lítio pode chegar a 63 mil toneladas em 2020, um aumento de 40% em relação ao ano anterior. Depois de dar um salto rumo a 2025, a demanda pode dobrar até 2030, disse Illanes.
Os preços do lítio podem subir junto com a demanda, sustentando a expansão de projetos, disse o diretor financeiro.