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Chilena Arauco desembarca em MS com US$ 4,6 bi, seu maior investimento da história; ‘Brasil nos dá maior competitividade’

03 out 2024, 13:56 - atualizado em 03 out 2024, 14:50
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Novo planta de celulose da Arauco deve produzir 3,5 milhões de toneladas por ano e deve empregar mais de 6 mil trabalhadores (Foto: Divulgação)

A Arauco, empresa chilena de celulose e madeira, com atuação em cinco continentes, anunciou o maior investimento da história da multinacional na semana passada.

A companhia comunicou a construção da sua primeira fábrica de celulose branqueada no Brasil, o Projeto Sucuriú, de US$ 4,6 bilhões, construído em Inocência (MS). O projeto se encontra atualmente na etapa de terraplanagem, que consiste no preparo da área onde será construída a fábrica, a partir de 2025. A previsão para o início de operação da fábrica é para o segundo semestre de 2027.

A planta com capacidade anual de produzir 3,5 milhões de toneladas por ano, conta com a parceria tecnológica e de equipamentos da finlandesa Valmet.

O ambiente favorável em Mato Grosso do Sul

De acordo com Theófilo Militão, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco do Brasil, a escolha por Mato Grosso do Sul se dá pela política bem estruturada para o setor no estado e sua estratégia de ser o maior produtor e exportador de celulose do país,  está sendo bem implementada e deve ser bem sucedida no longo prazo.

“Outro fator importante são as condições favoráveis para cultivo do eucalipto existentes no Brasil e o desenvolvimento do setor florestal brasileiro. Nessa região, onde o eucalipto leva aproximadamente sete anos para crescer e atingir o ponto ideal de corte para ser processado na fábrica, temos um importante patrimônio florestal que operamos desde 2009”, diz.

A logística também é um ponto favorável na região, com potencial para trazer insumos e escoar a produção, seja por meio da malha rodoviária, ferroviária ou hidrovia.

A expectativa é que o Projeto Sucuriú gere, na fase de implantação, em torno de 14 mil empregos no pico da obra. Quando for concluída a obra, a operação empregará um contingente de cerca de 6 mil trabalhadores.

“Nós temos atuado junto à comunidade e instituições regionais, com iniciativas para capacitar a cadeia de serviços local e para qualificar a mão-de-obra local para atuar em distintas áreas do processo de construção da planta e na fase de operação”.

O avanço da atuação no Brasil e a geração de energia elétrica

Segundo Militão, o Brasil permite que a empresa seja mais competitiva no cenário global, sobretudo no processo de produção de celulose de fibra curta (eucalipto).

“A Arauco está presente no Brasil desde 2002, nos negócios Florestal e Painéis de madeira. Atualmente contamos com cinco plantas industriais destinadas à produção de painéis. No Mato Grosso do Sul, iniciamos nossa atuação em 2009, por meio de nossa operação florestal. Temos uma longa e importante história com o país. Estamos muito motivados para dar este primeiro passo no negócio de celulose.

O projeto Sucuriú terá autossuficiência energética, por meio de uma caldeira de biomassa responsável pela geração de energia a partir do reaproveitamento de cascas, lignina, entre outros insumos não utilizados no processo da fabricação da celulose.

A energia gerada será de mais de 400 megawatts (MW) de eletricidade, dos quais cerca de 200 MW serão destinados para o consumo interno da unidade industrial.  A energia excedente – suficiente para abastecer uma cidade de mais de 800 mil habitantes – será disponibilizada ao sistema nacional.

Fundada em 1979, a Arauco possui operações em mais de 75 países e 55 fábricas nos países Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Portugal e África do Sul.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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