Chile expande programa de imunização com vacina da Sinovac
O Chile, país que mais adquiriu vacinas per capita na América Latina, expandiu o programa de imunização na quarta-feira para incluir idosos.
Pessoas fizeram fila em centros de saúde estatais e clínicas privadas para receber a primeira dose da vacina da Sinovac Biotech. O governo coloca em prática um programa que começa a vacinar pessoas de 90 anos ou mais e trabalhadores essenciais. Nos próximos dias, o limite de idade cairá progressivamente.
O governo de Sebastián Piñera assinou contratos com farmacêuticas para o fornecimento de doses suficientes para vacinar o dobro da população, embora até o momento tenha vacinado apenas cerca de 60 mil pessoas.
Cerca de 10 mil pessoas receberam ambas as doses da vacina da Pfizer, a maioria delas profissionais de saúde.
O Chile passa a ser o segundo país da América Latina depois do Brasil a usar a vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac.
Cerca de 4 milhões de doses do imunizante da Sinovac chegaram na última semana, e o governo mira vacinar cerca de 100 mil pessoas diariamente durante os primeiros dias do processo.
A meta deve ser atingida, considerando que nas campanhas de gripe dos últimos anos o país conseguiu vacinar 200 mil pessoas por dia, disse a subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza, em 28 de janeiro.
“Nosso plano de vacinação é, sem dúvida, um plano extraordinariamente exigente”, disse o presidente Piñera em entrevista coletiva televisionada na quarta-feira. “Nossa meta é vacinar 15 milhões de pessoas em cinco meses.”
O Chile, um país com cerca de 18 milhões de habitantes, receberá mais 6 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech e 4 milhões do imunizante da AstraZeneca-Oxford no primeiro semestre, disse Piñera.
Economistas contam com um programa de vacinação rápido para eliminar as restrições de mobilidade e estimular a recuperação econômica.
A economia do Chile deve crescer 5,1% em 2021, após queda de 6% em 2020, segundo previsão média de 22 economistas consultados pela Bloomberg. É o terceiro maior crescimento na região, depois do Peru e do Panamá.