Chevron vê pré-sal como ativo cobiçado, diz presidente no Brasil
A norte-americana Chevron vê o pré-sal brasileiro como um ativo cobiçado no qual a empresa enxerga potencial para expansão, disse o presidente da empresa no Brasil, Mariano Vela, nesta terça-feira durante a Offshore Technology Conference (OTC, na sigla em inglês) em Houston.
Vela disse que o “capítulo do pré-sal” pode ser o mais importante para a história da Chevron no Brasil, onde a empresa está há mais de um século.
“Queremos um pedaço disso”, disse Vela em um painel sobre a região marítima do Brasil durante a OTC.
A Chevron adquiriu participações em 11 projetos em águas profundas nas bacias de Campos e Santos desde 2018, com a maioria das atividades atuais em fase de exploração.
O governo brasileiro planeja realizar um leilão na área do pré-sal em dezembro, oferecendo licenças para dois blocos.
Vela não disse diretamente se a Chevron planeja fazer uma oferta no leilão.
Os mesmos blocos – Sepia e Atapu – foram oferecidos no leilão de 2019, mais não houve interesse de investidores. A Chevron e outras na época afirmaram que os valores cobrados pelos ativos eram muito altos e que havia incerteza regulatória.
Vela disse nesta terça-feira que incentivos melhoraram desde então, o que inclui redução de 70% no tamanho dos bônus de assinatura.
Porém ainda precisa haver melhorias na regulamentação e incentivos financeiros para tornar novos projetos de petróleo no país mais atrativos, ele disse.
Combustíveis fósseis agora devem competir com fontes mais limpas de energia, acrescentou.
“A janela (para investir em petróleo) não irá permanecer aberta para sempre”, disse Vela.